Quando vc lê "Mizael tinha fama de violento, diz irmão de Mércia ao depor" como DESTAQUE na globo.com, e nao sabe de quem raios eles tao falando, vc chega à conclusao que nao sabe mesmo o que ta acontecendo no Brasil atualmente...
Eleiçao ja acabou?
(ironic mode on)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Onde eu mudei
Setembro nao foi o mês somente onde a linda dona desse blog completou seus vinte e ? aninhos (mto bem comemorados na Grécia), foi tbm o mês onde completei um ano e meio de França.
Parece que foi ontem que cheguei no CDG, duas malas no braço, apontando pro taxista "98, rue pelleport" pq eu ainda nao falava francês direito.
Um ano e meio depois, muita coisa mudou. Nao estou mais na mesma cidade, nesse meio tempo, eu trabalhei, estudei, viajei, baladei, namorei, terminei, e conheci mta gente.
Tanta coisa faz uma pessoa rever seus conceitos. Coisas em que eu mudei:
Virei uma pessoa preconceituosa: nao vou entrar em detalhes aqui, pq né, processo, quem curte? mas depois de observar o mesmo comportamento escroto de determinados grupos, vc acaba pegando preconceito, e quando uma dessas pessoas vem falar com vc na rua, vc nem olha e continua andando. Esperando o metrô, vc nem fica perto. Nunca achei que eu seria preconceituosa, mas agora eu sou, e muito.
Virei uma gorda: nao, nao estou falando de estar com quilos a mais (depois de alguns efeitos sanfonas, eu acaba estabilizando no mesmo peso do Brasil), e sim da magreza ser parte da cultura francesa. Enquanto no Brasil, mulher mto magra nao chama a atençao, e sim as de coxa grossa, bumbum farto, etc.. Aqui o negocio é ter pernas mto finas, e so um pouquinho de bunda (e nao um "gros cul"). E eu com as minhas coxas de alemã e quadrilzao, entro na categoria das gordas, enquanto no Brasil, eu era... normal. Nao que isso me incomode. Ja decidi que nao vou conseguir ser magrela nunca, entao cortei a paranoia. Mas ando tanto nessa percepçao que quando vejo as fotos nos sites de fofoca do brasil (Ego, te adoro!), eu olho Viviane Araujo, Nicole Bahls e companhia, e sinceramente acho todas... gordas.
Desapego com a higiene: nao, nao estou falando do clichê de francês nao tomar banho. Pq vejo mais imigrante fedido por ai (pare com o preconceito, dona juliana!), do que francês.
Mas como todos sabem, aqui neguinho na padaria pega o pao com a mao, na epicerie as frutas com a mao, a mesma mao pega o dinheiro, da o troco... A baguete embaixo do braço, e tal. E olha, nunca ouvi falar de gente que morreu ou ficou doente por causa disso. Por isso, acho isso de pegar pao com pegador a maior coisa de afrescalhado.
Considerando ficar na Europa: desde quando cheguei, até uns meses atras, eu sempre dizia que nao ficaria morando aqui nem a pau depois do mestrado. Ficar nesse lugar que faz frio 9 meses por ano?? Nem morta!... Mas por outro lado, ando tao acostumada com as coisas positivas que a França oferece (maior segurança.. plano de saude barato..), que cada vez mais a idéia de me instalar aqui me apetece. Tudo depende de achar um trabalho legal depois do mestrado. Veremos...
Parece que foi ontem que cheguei no CDG, duas malas no braço, apontando pro taxista "98, rue pelleport" pq eu ainda nao falava francês direito.
Um ano e meio depois, muita coisa mudou. Nao estou mais na mesma cidade, nesse meio tempo, eu trabalhei, estudei, viajei, baladei, namorei, terminei, e conheci mta gente.
Tanta coisa faz uma pessoa rever seus conceitos. Coisas em que eu mudei:
Virei uma pessoa preconceituosa: nao vou entrar em detalhes aqui, pq né, processo, quem curte? mas depois de observar o mesmo comportamento escroto de determinados grupos, vc acaba pegando preconceito, e quando uma dessas pessoas vem falar com vc na rua, vc nem olha e continua andando. Esperando o metrô, vc nem fica perto. Nunca achei que eu seria preconceituosa, mas agora eu sou, e muito.
Virei uma gorda: nao, nao estou falando de estar com quilos a mais (depois de alguns efeitos sanfonas, eu acaba estabilizando no mesmo peso do Brasil), e sim da magreza ser parte da cultura francesa. Enquanto no Brasil, mulher mto magra nao chama a atençao, e sim as de coxa grossa, bumbum farto, etc.. Aqui o negocio é ter pernas mto finas, e so um pouquinho de bunda (e nao um "gros cul"). E eu com as minhas coxas de alemã e quadrilzao, entro na categoria das gordas, enquanto no Brasil, eu era... normal. Nao que isso me incomode. Ja decidi que nao vou conseguir ser magrela nunca, entao cortei a paranoia. Mas ando tanto nessa percepçao que quando vejo as fotos nos sites de fofoca do brasil (Ego, te adoro!), eu olho Viviane Araujo, Nicole Bahls e companhia, e sinceramente acho todas... gordas.
Desapego com a higiene: nao, nao estou falando do clichê de francês nao tomar banho. Pq vejo mais imigrante fedido por ai (pare com o preconceito, dona juliana!), do que francês.
Mas como todos sabem, aqui neguinho na padaria pega o pao com a mao, na epicerie as frutas com a mao, a mesma mao pega o dinheiro, da o troco... A baguete embaixo do braço, e tal. E olha, nunca ouvi falar de gente que morreu ou ficou doente por causa disso. Por isso, acho isso de pegar pao com pegador a maior coisa de afrescalhado.
Considerando ficar na Europa: desde quando cheguei, até uns meses atras, eu sempre dizia que nao ficaria morando aqui nem a pau depois do mestrado. Ficar nesse lugar que faz frio 9 meses por ano?? Nem morta!... Mas por outro lado, ando tao acostumada com as coisas positivas que a França oferece (maior segurança.. plano de saude barato..), que cada vez mais a idéia de me instalar aqui me apetece. Tudo depende de achar um trabalho legal depois do mestrado. Veremos...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Weekend à brest
E dai que esse foi meu primeiro final de semana nesses confins do mundo.
Como eu sou sociavel e ME RECUSO a ficar em casa num final de semana, seja sexta ou sabado, la fui apelar pro site do couchsurfing pra procurar amigos.
Qual nao foi a minha surpresa ao ver que o grupo de Brest no CS é SUPER ATIVO, cheio de programaçao. La, uma meia duzia de pessoas combinava de tomar uma cerveja, e logico que eu tbm fui.
O pessoal foi super gente boa, incluindo uma irlandesa que nao negava as origens e ja tava na terceira cidra, quando eu tava na minha primeira pinte. Orgulho foi um dos franceses comentando que meu sotaque é mto fraco em francês. Me senti a propria brestois. Dai metade ia pra balada, mas oooi, se nem em Paris aguento ficar até 7 da manha na rua, quem dira em Brest, pra pegar o primeiro busao.
Sabado foi um dia morto, graças aquelas tempestades torrenciais que so a Bretagne pode te oferecer. Fiquei linda e loira assistindo varios filmes.
E domingo, no mesmo pub de sexta, ia ter uma sessao de musica bretã (oi?) e logico que eu apareci la com os meus recentes queridos amigos. Varios velhinhos dançando, e pelo ritmo e pelas danças, vc se sente de volta uns dois séculos atras. Achei interessante o pessoal carregar essa cultura até hoje, isso quase nao se ve mais... E na hora que o tiozinho me aparece com uma daquelas gaitas escocesas? Me senti no proprio "Coraçao valente".
Nessa hora que vc se toca... Oi, to num pub, num porto, numa cidade dos confins da Bretagne, tomando uma Foster's com um povo gente boa que eu nem conheço direito, ouvindo gaita de fole. O mundo da voltas.
Dai a irlandesa e a inglesa me arrastaram pro boliche (boliche!) junto com uma francesada pq era noite de promoçao: 6 euros e vc pode jogar até morrer.
Engraçado foi os franceses perguntando porque raios eu tava estudando e morando em Brest, e eu so pensava "pois é...". Mas logico que dizia que era pelo programa da universidade (o que nao deixa de ser verdade), porque né, to de boa de ferir o orgulho dos locais, ainda mais qdo fazer amigos ja ta complicado ha ha
E pra se notar a qualidade dos jogadores, eu, que nao encostava numa bola de boliche faz... sei la... uma década, fiquei em TERCEIRO LUGAR, de 8 pessoas.
Ja marcamos pra daqui dois finais de semana um torneio Wii de boliche, na casa de um dos franceses. Preciso treinar meus arremessos, que nao tolero medalha de bronze ha ha ha.
Como eu sou sociavel e ME RECUSO a ficar em casa num final de semana, seja sexta ou sabado, la fui apelar pro site do couchsurfing pra procurar amigos.
Qual nao foi a minha surpresa ao ver que o grupo de Brest no CS é SUPER ATIVO, cheio de programaçao. La, uma meia duzia de pessoas combinava de tomar uma cerveja, e logico que eu tbm fui.
O pessoal foi super gente boa, incluindo uma irlandesa que nao negava as origens e ja tava na terceira cidra, quando eu tava na minha primeira pinte. Orgulho foi um dos franceses comentando que meu sotaque é mto fraco em francês. Me senti a propria brestois. Dai metade ia pra balada, mas oooi, se nem em Paris aguento ficar até 7 da manha na rua, quem dira em Brest, pra pegar o primeiro busao.
Sabado foi um dia morto, graças aquelas tempestades torrenciais que so a Bretagne pode te oferecer. Fiquei linda e loira assistindo varios filmes.
E domingo, no mesmo pub de sexta, ia ter uma sessao de musica bretã (oi?) e logico que eu apareci la com os meus recentes queridos amigos. Varios velhinhos dançando, e pelo ritmo e pelas danças, vc se sente de volta uns dois séculos atras. Achei interessante o pessoal carregar essa cultura até hoje, isso quase nao se ve mais... E na hora que o tiozinho me aparece com uma daquelas gaitas escocesas? Me senti no proprio "Coraçao valente".
Nessa hora que vc se toca... Oi, to num pub, num porto, numa cidade dos confins da Bretagne, tomando uma Foster's com um povo gente boa que eu nem conheço direito, ouvindo gaita de fole. O mundo da voltas.
Dai a irlandesa e a inglesa me arrastaram pro boliche (boliche!) junto com uma francesada pq era noite de promoçao: 6 euros e vc pode jogar até morrer.
Engraçado foi os franceses perguntando porque raios eu tava estudando e morando em Brest, e eu so pensava "pois é...". Mas logico que dizia que era pelo programa da universidade (o que nao deixa de ser verdade), porque né, to de boa de ferir o orgulho dos locais, ainda mais qdo fazer amigos ja ta complicado ha ha
E pra se notar a qualidade dos jogadores, eu, que nao encostava numa bola de boliche faz... sei la... uma década, fiquei em TERCEIRO LUGAR, de 8 pessoas.
Ja marcamos pra daqui dois finais de semana um torneio Wii de boliche, na casa de um dos franceses. Preciso treinar meus arremessos, que nao tolero medalha de bronze ha ha ha.
domingo, 3 de outubro de 2010
Eleiçoes
Honestamente, nem lembrava das eleiçoes. Nao fosse @crises_greco avisar que tinha ido votar essa manha, eu nem ia me tocar.
Eu perdi o prazo pra mudar meu titulo pra França (e mesmo assim nem to em Paris pra votar) e eu até posso justificar mandando trocentos comprovantes que eu to morando no exterior.
Mas me contaram que a multa se vc nao votar nem justificar é de TRES REAIS por turno.
TRES REAIS.
Até se eu mandar uma carta com as trocentas justificativas pro Brasil, fica mais caro.
Logo, nao vou votar nem me pronunciar tao cedo. Mais pratico pagar a multa né.
Além do mais, seria um tanto cinismo meu ir votar. Desde sempre eu nao sou nada ligada em politica, e ainda mais depois que cheguei na França, leio mais sobre o que o tio Sarkô anda aprontando, do que sobre Lula, Dilma e cia. Nao vou mentir, é algo que nao entra na minha cabeça, fato. Sou aquela pessoa que se vc perguntar "o que um deputado federal faz?", eu nao vou saber.
Eu sei, todo mundo vai dizer "mas politica te afeta diretamente, voce tem que se informar", eu tenho consciencia disso e ja até tentei entender o mundo da politica. Mas sério, nao da.
Por essas e outras, que eu sou a favor do voto nao-obrigatorio. Veja bem, assim como eu, quase todo mundo que ta indo votar hoje nao sabe o papel de um deputado federal, estadual, nem exatamente o que o PRESIDENTE em si decide. Agora como que vc vai saber qual é o candidato ideal pra tal cargo, se vc nao sabe nem o que ele deve fazer?
Como vc vai reclamar depois "que ta tudo errado nesse pais", se vc nao sabe nem o que o governante ta fazendo de errado?
A partir do momento em que eu nao voto por escolha propria, eu perco meu direito de reclamar. Ai, se eu nao tiver contente com a situaçao, quem sabe da proxima vez eu nao me informo melhor e voto com consciencia? Pra se pensar.
Eu perdi o prazo pra mudar meu titulo pra França (e mesmo assim nem to em Paris pra votar) e eu até posso justificar mandando trocentos comprovantes que eu to morando no exterior.
Mas me contaram que a multa se vc nao votar nem justificar é de TRES REAIS por turno.
TRES REAIS.
Até se eu mandar uma carta com as trocentas justificativas pro Brasil, fica mais caro.
Logo, nao vou votar nem me pronunciar tao cedo. Mais pratico pagar a multa né.
Além do mais, seria um tanto cinismo meu ir votar. Desde sempre eu nao sou nada ligada em politica, e ainda mais depois que cheguei na França, leio mais sobre o que o tio Sarkô anda aprontando, do que sobre Lula, Dilma e cia. Nao vou mentir, é algo que nao entra na minha cabeça, fato. Sou aquela pessoa que se vc perguntar "o que um deputado federal faz?", eu nao vou saber.
Eu sei, todo mundo vai dizer "mas politica te afeta diretamente, voce tem que se informar", eu tenho consciencia disso e ja até tentei entender o mundo da politica. Mas sério, nao da.
Por essas e outras, que eu sou a favor do voto nao-obrigatorio. Veja bem, assim como eu, quase todo mundo que ta indo votar hoje nao sabe o papel de um deputado federal, estadual, nem exatamente o que o PRESIDENTE em si decide. Agora como que vc vai saber qual é o candidato ideal pra tal cargo, se vc nao sabe nem o que ele deve fazer?
Como vc vai reclamar depois "que ta tudo errado nesse pais", se vc nao sabe nem o que o governante ta fazendo de errado?
A partir do momento em que eu nao voto por escolha propria, eu perco meu direito de reclamar. Ai, se eu nao tiver contente com a situaçao, quem sabe da proxima vez eu nao me informo melhor e voto com consciencia? Pra se pensar.
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