A dorzinha da partida

Estava eu no busao em Brest indo pegar a caranga que levaria todas as minhas tranqueiras pra capital.
E confesso que foi dando aquele apertinho no coraçao.
Rolava uns pensamentos tipo "esse foi o primeiro bar que eu sai em Brest", ou "aqui foi o meu primeiro encontro com o ex-peguete", e por ai vai.

E logico que pra pegar a estrada, o GPS foi mto gente boa e me colocou justo na beirada da praia, pra aumentar ainda mais o aperto no coraçao.
Ok, obviamente que uns 80% desse sentimento era por estar deixando pra tras uma pessoa que eu gostava bastante, mas ainda sim vi que nao importa o quanto vc nao goste de um lugar. se você viveu coisas importantes la, ir embora sempre dara um apertinho no coraçao.
Bem ou mal, foi la que eu fiz o meu tao sonhado mestrado, que eu me apaixonei por alguém quando tinha prometido pra mim mesma que eu ia parar com essas palhaçadas de sentimento (e agora to mais do que decidida a cumprir haha) e que eu fiz amigos sensacionais e muito queridos (que me fizeram um churrasco de despedida à beira mar fantastico).
Pois é, deu um apertinho coraçao.

Mas claro esse apertinho desapareceu na primeira placa "direction Paris" que eu encontrei pela estrada.

E entrando na boulevard périphérique, eu pude cantar "...que eu to voltando pra caaasaaaaaa..."