E=mc2

Daqui algumas semaninhas, eu faço aniversario de dois aninhos de França.

Nao, nao vou fazer o meu balanço pq ja fiz um ha pouco tempo atras, rs.

O tema de hoje é sobre a relatividade do tempo mesmo, que é uma coisa mto bizarra.

Pq por um lado, eu me assusto quando penso que ja faz dois anos. Parece que foi ontem que eu cheguei com tudo na area. Parece que foi ontem que o meu sonho de fazer mestrado no exterior começou a tomar forma, e hoje tamo ae, indo pra aula, caçando estagio, se matando nos projetos. Parece que foi ontem que eu cheguei toda timida na primeira aula de francês, e hoje eu falo pelos cotovelos com meus amigos nativos.

E ao mesmo tempo, penso "somente dois anos?" pelo tanto de coisas que eu vivi por aqui. Trocentas viagens, trocentas pessoas que eu conheci, me diverti e hj nem sei mais em que parte do mundo esta. Penso "somente dois anos?" quando vejo o quanto estou habituada com as coisas boas daqui (né, coisa boa a gente se acostuma rapido) e nao me imagino mais andando na rua com medo de ser assaltada (apesar de que se Paris nao ficar esperta, daqui uns anos a situaçao vai tar braba por la), nem pagando 80 pila numa conta de celular, nem achando que é normal gastar 40 conto na balada. E nem passar mais do que dois meses do ano a 30 graus celsius.

Logico que alguns reflexos continuam, como na unica vez em que dirigi aqui e, na ausencia dos frentistas, levei 10 minutos pra descobrir como abrir a porra da tampinha do reservatorio de gasolina.
Ou na parte de fazer um brinde no boteco. Nao suporto até hoje essa coisa de ter que olhar no olho de cada um na hora do tim-tim, senao eles levam como falta de educaçao.

Resumindo... acho que a relatividade do tempo nao reflete nada além do que as coisas que me fazem uma falta imensa do Brasil, e das que eu nao sinto falta alguma.