Nos meus saudosos 14 ou 15 anos de idade, os Hanson eram o sentido da minha existência, eram o ar que eu respirava. Meu sonho era casar um deles. O tempo passou e eu esqueci da existência do tal grupo.
Eis que eles deram um ressurgida no ultimo clipe da Katy Perry, e OLHA, nao vou mentir :
Preconceito é sempre um assunto polêmico. Na Europa entao, nao para de crescer. Todo mundo tem, ninguém assume, mas sempre que somos vitimas, nos revoltamos. Nada mais feio que julgar alguém antes de conhece-lo.
Mas a intençao hoje aqui nao é polemizar, e sim falar sobre aquele preconceito "inofensivo" que todos nos sentimos. Nao to falando de preconceito contra as minorias, que podem até gerar crimes, mas daquele pré-julgamento bobo que todos nos fazemos quando acabamos de conhecer alguém. E fato: quando alguém te apresenta um amigo, um namorado, um o que quer que seja, você automaticamente ja faz alguma idéia daquela pessoa, so pela aparência dela. Se essa idéia vai se confirmar ou se mostrar totalmente equivocada, so o tempo dira. Você so nao pode deixar que esse pré-julgamento te impeça de conhecer a pessoa de fato.
Lembro na minha adolescência, sempre que fazia amigos novos no colégio, depois de um tempo eles comentavam "nossa, primeira vez que te vi achei que você seria daquelas loirinhas frescas, tipo patricinha, mas você nao é nada disso". Pois! Quem nao tem habito de julgar um livro pela capa, pelo menos de vez em quando, que atire a primeira pedra.
Eu tbm faço meus pré-julgamentos, e tem gente que so de olhar, eu ja vejo que o santo nao vai bater mesmo. Nada contra, nao me acho melhor que ninguém, to super ae pra conhecer meio mundo e quero mais é que todo mundo seja feliz, mas tem alguns estilos que eu ja sei logo de cara que nao vai rolar uma empatia:
Os bicho-grilo : Se eu vejo aquela menina vestindo aquela calça enorme estilo hippie, com um brinco de coco e uma boina de lã, ou aquele cara de barba e cabelo estilo Raul Seixas, que anda por tudo com um violão e uma mochila escrito TRINDADE nas cores da Jamaica e um chinelo de couro cru, eu ja sei por antecipaçao : nunca seremos grandes amigos. Simplesmente porque eu vou querer falar sobre o ultimo filme do Woody Allen, sobre o ultimo clipe da Lady Gaga ou sobre aquela balada eletrônica otima, e a pessoa vai querer falar sobre a terra, o céu e o mar, onde todos somos irmãos em uma so vibe pelas mãos da mãe natureza, ameaçada pelo capitalismo das babilônias de pedra (ou insira qualquer outra letra do Natiruts aqui). Interesses distintos, e pronto. Gota d'agua pra inamizade : quando você falar que trabalha com marketing, ele vai te olhar com um ar de superioridade, afinal ele esta muito acima desse conceito de materialismo.
As tudo-igual : Veja bem, tem dias em que eu quero falar sobre assuntos idiotas, como as ultimas fofocas do Ego, e tem dias em que eu quero falar sobre coisas mais sérias, como crise econômica, legalizaçao do aborto ou o mercado de trabalho. As tudo-igual sempre tem o mesmo assunto : a vida social. Dialogos tipo: "Ai, o Rô nao me ligou ontem antes de ir pra Disco, eu fiquei possessa" "Jura? A Mari Andrade me disse que o Rô acabou saindo com a Pri Freitas, mas eu achei que ela tava ficando com o Bru." sao a unica coisa que elas sabem conversar. Homem é o centro da existência das tudo-igual, aos quais elas so se referem por apelidos, pra forçar a intimidade. Elas sao tudo-igual porque absolutamente todas têm EXATAMENTE a mesma aparência : os cabelos lisos, com luzes loiras, e pra balada (outra razao da existencia delas) sempre vao bem maquiadas, de calça jeans, top colado e salto alto, e se olham no espelho absolutamente todas as oportunidades possiveis. Sao aquelas que brigam com as amigas quando estas postam alguma foto em que ela esta feia no facebook, afinal, ela so pode ter fotos dela sorrindo e linda, pra mostrar o quanto ela é feliz. Afinal, o Dudu (cara que ela beijou duas vezes na balada) precisa ver o que ele perdeu quando decidiu namorar com a Tati. São as primeiras a bravejar "sua inveja faz a minha fama", mas no fundo são as que mais se preocupam com o que os outros pensam delas. Preguiça. Gota d'agua pra inamizade : ela sempre te chama "amiga". E eu nao suporto gente que fala "aaaai, amigaa, nao acredito!". Nao sei porquê, acho que emana falsidade. Minhas amigas proximas eu chamo de cabeçao, vadia, xuxu, quenga, e outros apelidos carinhosos.
Os religiosos : Apesar de eu nao me atrair por um religiao nenhuma, acho bonito e importante ter uma. Fé é uma das coisas que nos faz avançar e isso é fato. Isso esclarecido, eu fujo daquelas pessoas muito religiosas. Muito religiosas, no meu conceito, é aquela pessoa cujos unicos programas sociais sao ir à missa, ao encontro de jovens da igreja, ao aniversario do povo da igreja, à festa junina da igreja... Sao aquelas tipicas pessoas que so usam camiseta do Smilinguido, ou de uns rostos bizarros de santos ou uma pomba sob um raio de sol. Sao aquelas que no facebook so postam passagens da Biblia, e nas raras vezes em que estao bravas, em vez de falar um sonoro "putaqueopariuvaisifudê", falam algo tipo "Deus vai me dar forças a vencer esses obstaculos". Nao, obrigada. Gota d'agua pra inamizade : se algum raro dia na vida ela aceitar ir no bar com você, ela vai pedir um suco de laranja ou uma sprite.
Goticos, emos, heavy metals, alternativos : Simples casos de interesses distintos.
"O senhor é meu pastor" quer te adicionar no Facebook. Aceitar? ( ) sim ( ) de jeito nenhum
Nao é segredo pra ninguém que eu sou absolutamente viciada em seriados. Acompanho uns noventa ao mesmo tempo, seja de comédia ou de drama.
Mas né, verão no hemisfério norte tae (quer dizer, menos em Paris, onde ta chovendo e fazendo frio desde domingo), e com isso todas as minhas amadas séries entraram de férias. O que fazer nesses meses interminaveis de pausa? Descobrir séries novas, é claro, que é pra se enterrar ainda mais no vicio. E eis que tava todo mundo falando de um tal de Game of Thrones, então eu pensei: pourquoi pas? afinal, curto bastante historias da idade média.
Olha, coisinha do inferno, viu! Logico que assisti a primeira temporada toda em tempo recorde, e agora estou desolada porque tenho que esperar séculos até o começo da segunda temporada.
Nao seja por isso. Editora "J'ai lu" é uma mãe, sempre lança livros em versão de bolso à preços modicos, e tem a coleçao completa do Game of Thrones em francês (ja que a essa altura do campeonato, é muito mais confortavel pra mim do que inglês). Ja encomendei os dois primeiros por simpaticos 14 euros e fiquei toda animadinha.
Eu vejo que nao sou uma mulher normal quando comprar livros me deixam mais empolgada do que comprar roupa ou sapato.
Livrarias: me levando à falência desde que eu recebi minha primeira mesada.
Sempre digo que Paris é a cidade que concentra mais louco por metro quadrado. Tem cenas bizarras que você so vê aqui. Comum é encontrar gente falando sozinha no metrô. Mas nao falando sozinha do tipo de você ver a boca da pessoa se movimentando porque ela ta falando com ela mesma (coisa que eu mesma sempre faço), é gente batendo o maiooor papo com o nada, com o amigo imaginario. Rola até uma argumentaçao tipo "é sério, você nao acredita?? te juro!" Acontece também de você ver uma pessoa xis atravessando a faixa de pedestres de costas, fazendo moon walking. Normal.
Ontem tava no supermercado, esperando linda leve e loira na fila, quando vejo uma dessas cenas bizarras. Um tiozinho do supermercado carregou pra rua aquelas lixeiras enormes, quadradonas, com rodinhas. Na hora, uma chinesa voou na lixeira e começou a revira-la pra ver se encontrava algo (pra comer, pra revender, vai saber). Eis que uma negona enorme aparece, da uma mega bundada na chinesa, fazendo a bichinha voar pra longe, e começa a revirar a lixeira também. A chinesinha ficou possessa, e começou a xingar a negona de tudo quanto é nome (deduzo eu, né, pq ela tava falando em chinês). A negona também começou a xingar a chinesa, de nomes que eu nao repetirei aqui em respeito à educaçao que me foi dada...
Eis que a chinesa revirou seu carrinho de tranqueiras e tirou um alicate la dentro. Sim, um alicate daqueles tipo de eletricista, ou seja, SEM PONTA. E começou a ameaçar a negona, que por sua vez, começou a fazer um escandalo: -Essa louca tem uma facaaaaaaa!!! Essa louca quer me furaaaaar! Chamem a policia!!!! Ela vai me furar, aaaaaah!!
Maldade à parte, o povo na fila começou a rir. A negona podia ficar com medo de, sei la, a chinesa arrancar um dente dela com esse alicate, mas furar?
Até que o funcionario do supermercado resolveu botar a lixeira de volta pra dentro, e acabar com o espetaculo, enquanto a negona continuava gritando "chamem a policiaaaaaaaaaa!!" e a chinesa circulando ela, dando umas cutucadas com o alicate.
Nao querendo menosprezar os "feliz dia do amigo!" que eu recebi ontem (amo vocês!), mas acho essa coisa meio besta.
Semana passada, o facebook também estava inundado de "feliz dia do rock!". Sem falar naquele infame "feliz dia do beijo", que eu nao lembro nem quando é.
Eu pessoalmente so desejo "feliz dia de alguma coisa" quando essa data faz alguma diferença na vida. Aniversario é uma data especial. Por mais que você esteja ficando mais velho, é uma oportunidade de reunir todos os amigos e celebrar: logo é uma data feliz, e nada mais apropriado do que desejar um "feliz aniversario". Natal entao nem se fala. Reunir toda a familia é algo que nao tem preço. O reveillon marca mais um ano que começa, e se você tem 365 dias pela frente, acho super valido desejar um "feliz ano novo".
Agora cretinice é virem me desejar "feliz dia do publicitario". Vem ca, no que que isso muda a minha vida? Eu falo o quê? "Obrigada por me felicitar pela profissao que eu escolhi"????
Quer me ver revoltada, me deseja um "feliz dia da mulher". Ok, eu entendo o lado simbolico da data, que marca todas as conquistas femininas em busca da igualdade, etc, etc. Mas do que adianta desejar "feliz da mulher" e dar uma rosinha, e no dia seguinte, tudo continua na mesma? As mulheres continuam recebendo salarios mais baixos que os homens pelo mesmo trabalho. Mulheres que nao reunem em si o combo "esposa perfeita + mãe perfeita + profissional perfeita + corpo perfeito" continuam sendo consideradas fracassadas, enquanto um homem que tem apenas um item da lista de "perfeitos" ja é considerado um exemplo.
Ou ainda o dia dos pais, dia das mães e dia do amigo. Se você precisa dessa data pra se lembrar dos seus, alguma coisa ta errada ou eles nao sao la tao importantes pra você. Dizer "eu te amo" pros pais deveria ser um habito, e nao algo que acontece uma vez por ano porque o shopping te lembrou.
Se for seguir essa logica, acho injusto na semana passada dia 13 terem falado tanto do dia do rock, e terem esquecido do coitado do Engenheiro do Saneamento. Afinal, se você pode dar a descarga em paz depois de fazer as suas necessidades e nao joga-las pela janela como na Idade Média, você deveria agradecer à pessoa que tornou isso possivel.
Aindo seguindo essa logica, dia 23 de dezembro, nao se esqueça de dar um abraço na pessoa que mora ao seu lado, e deseje de coraçao "feliz dia do vizinho!". Afinal, se sua casa pegar fogo, é ele provavelmente que ligara pros bombeiros (profissao cujo dia foi 02 de julho e nao vi ninguém lembrar). E dizer "tive um dia de cão hoje" esta completamente errado. Dia do cão é 04 de outubro, e só.
Dia 12 de novembro, quero ver o facebook lotado de "feliz dia do supermercado!!" e dia 09 de outubro cheio de "Feliz dia do açougueiro!", hein?? Se você nao precisa sair caçando o seu franguinho pelo campo, você deveria ficar feliz pelo lugar e pela pessoa que te oferece a penosa ja pronta pra colocar na panela.
Enfim, tudo isso pra dizer que é super valido ter uma data simbolica sobre profissoes, pessoas, etc. Se elas fizeram algo de importante, nada mais justo do que ter um dia pra chamar de seu. Agora, antes de desejar um "feliz dia dos namorados", pense: eu trato bem o meu ser amado no restante do ano?
99% das pessoas que desejam "Happy St Patrick's!!" nao fazem idéia de quem foi São Patricio. Nem eu. Eu so quero minha Guinness.
Me lembro de um desenho antigaço do Pateta, em que ele é o Mr. Walker, um homem gentil, calmo e educado, mas que quando senta atras de um volante, encarna o Mr. Wheeler, um monstro super estressado que nao se preocupa com nada além do proprio umbigo.
Apesar de super antigo, acho que o desenho é cada vez mais atual. Os engarrafamentos nao fazem que crescer, e os motoristas, que normalmente sao pessoas normais e controladas, viram um verdadeiro poço de stress e de falta de respeito.
Eu, que na França virei uma pedestre inveterada e dirigi apenas exatas cinco vezes nos ultimos dois anos e pouco, vejo que o desenho é a mais pura realidade. Porque justamente ja tive do outro lado, morando 6 anos em Sao Paulo, e sentindo na pele a tortura psicologica que o trânsito faz com a mente de um motorista.
Enquanto pedestres, reprovamos tudo aquilo que fazemos exatamente igual quando dirigimos. Vemos claramente à transformaçao das pessoas em Mr. Wheelers. Vejo direto aqui em Paris carros que, nos engarrafamentos, param em cima da faixa da pedestre fazendo a multidao ter que contorna-lo. Pra quem ta dirigindo, "nao é tao grave assim" fazer o povo dar uma voltinha no carro e andar dois metrinhos a mais. Mas é logico que, pra ele, parar esses mesmos dois metrinhos pra tras é inaceitavel, é como se os dois metrinhos virasse um quilometro.
Para quem dirige, perder 30 segundos no semaforo realmente parece o fim do mundo. Parece que a vida nao tem mais sentido. Afinal, pra quem ta no engarrafamento ha uma hora e meia, realmente qualquer segundo parece um século. Logo, vou avançar no amarelo afinal eu é que nao vou ficar parada atras do semaforo. Mesmo que isso signifique continuar parada dali dois metros, fechar o cruzamento e nao deixar as pessoas do outro sentido passarem. Você vira a cabeça pro outro lado pra nao ver os outros motoristas te xingando, e finge que nao é com você... Agora, se algum cretino fechar o cruzamento e nao deixar VOCE passar, ai sim vira crime digno de pena de morte por fuzilamento. "E o cretino ainda olha pro outro lado, e finge que nao é com ele, olha la!!" Sao Paulo me ensinou isso direitinho. Deixar o outro passar na minha frente?? Jamais!! Senao eu chego em casa 20 segundos depois! Eu vou é ir enfiando o bico do carro até esse onibus nao conseguir passar na minha frente. Dane-se que tem 40 pessoas em pé esprimidas dentro dele. Pessoas que, assim como eu, so querem ir pra casa. Problema delas.
Essa semana, vi uma cena que me deixou perplexa: com o sinal verde pra pedestres, um casal de velhinhos com bengala começou a atravessar a rua. Lentamente, claro. O sinal de pedestre fechou, ficou verde para os carros, e os velhinhos ainda tavam no meio da rua. O segundo carro da fila começou a buzinar, puto da vida, pra que os velhinhos acelerassem e fizessem "o favor" de sair da frente, pq "ele tava com pressa". Fiquem imaginando o que aquele motorista sentiria se visse os pais velhinhos dele levando buzinada na orelha tbm.
Os motoristas dao a impressao de que você, pedestre, deve sempre deixa-lo passar. Dane-se se você ta na chuva, tentando equilibrar um guarda-chuva no vento e uma mala, e que o motorista ta sequinho dentro do carro dele. Você tem que espera-lo e pronto. Acho que os motoristas têm a logica de que, se você ta a pé, é pq ja ta perto da sua casa ou do seu trabalho, logo tem menos urgência.
Entao, essa é uma das razoes por eu amar tanto Paris. Aqui você chega em qualquer canto da cidade de metrô, e consegue (na maioria das vezes) planejar quanto tempo isso vai levar. Nao que isso queira dizer que a cidade nao tem transito. Na verdade, acho que os engarrafamentos parisienses nao devem em nada aos paulistanos, tanto em tamanho quanto em quantidade de xingamentos e buzinas. Mas se eu tenho a opçao de ir pra qualquer lugar lendo meu livro no metrô, sabendo que eu chego dali exatos X minutos e nao xingando meio mundo nos engarrafamentos, eu é que nao abro mao disso, mesmo se eu va esprimida. Se eu tenho a opçao de ir pro meu happy hour de metrô e poder tomar minhas pintes tranquila sem me preocupar com Lei Seca, eu prefiro mesmo.
Claro que sempre fica um pouco de Mr. Wheeler em mim, e eu amaldiço mentalmente aquele cidadao que nao toma banho e ta cheirando a CC às sete da matina, ou aquela mãe que insiste em vir com aquele carrinho de bebê enorme bem na hora em que o metrô ta mais cheio.
Enfim, a grande ironia é essa: que viver em grandes civilizaçoes acaba te fazendo perder teu lado civilizado.
Tendo tantos artigos sobre os clichés femininos por ai, principalmente sobre as loiras, me diverti com esse artigo super divertido e leve sobre os clichés masculinos quando o assunto sao os amores de verão.
Fiz aquela traduçao nas coxas, modificado em alguns pontos, entao quem preferir, o link pro original em francês ta logo abaixo.
"Atençao aos xavecos na praia : tal como uma concha pega durante à tarde e que perde seu brilho à noite, alguns tipos de homens podem se revelar verdadeiros perdedores quando de volta à cidade. Você se pergunta se vale a pena investir naquele determinado cara? Bem, ao verificar seu lado "praia", você também pode perceber o seu lado "cidade":
O « narciso » Lado praia : Foi amor à primeira vista quando você viu Jonat’ na loja da praia comprando oleo bronzeador. Depois de uma conversa rapida, ele te propoe de comparar os bronzeados e de sentir o seu biceps. Um dia na praia com ele é o paraiso : vocês passeam juntos, ele te carrega até o mar (o que cai bem, você pesa 60 kilos, assim como a barra de musculaçao dele!), vocês nadam... (ele nada até a boia e você cronometra...)
Lado cidade : quando ele inflava o peitoral na praia, você achava isso o maximo. Quando ele faz isso no supermercado, é bem menos excitante... Alias, no restaurante, ele sempre se coloca de frente pra janela: nao para vigiar a rua, mas para se observar no vidro e fazer caras e bocas. Jonat’ nao vai te amar, porque ele ja se ama em excesso.
O « jamais-sem-meus-amigos »
Lado praia : Quando Seb te apresentou aos seus amigos, você achou esse ambiente "colonia de férias" super legal : Max, Paul, Emi, Steph, eles fazem tudo juntos. Entao, sempre tem alguém disponivel pra um volei de praia, uma partida de baralho ou um frescobol. Aqui nao tem frescura, aqui tem toalhas alinhadas, guarda-sol gigante e isopor comunitario.
O problema é que voilà, você nao veio pra praia pra Saint Jean de Luz pra fazer amigos, e sim achar um novo amor...
Lado cidade : em duas semanas, as unicas vezes que você esteve à dois com Seb foi quando vocês dormiram juntos. A cada saida, os amigos dele estavam la, estao la ou vao passar mais tarde. Simplesmente, você nao sai com Seb, e sim com Seb-e-seus-amigos.
Você nem sequer o convida pra vir na sua cada um fim de semana, porque você sabe que ele vai viu com toda a sua tropa...
O « quiosque » Lado praia : Franck, é o rei do Axé Moi ("mumba" no texto original, mas insira ali o nome de barzinho hype de praia que você quiser, rs) : presente no quiosque da manhã até à noite, ele cumprimenta as garçonetes com beijo no rosto, da conselhos para os turistas sobre os coqueteis e tem a sua "mesa de sempre". Esse lado extrovertido, empolgado e animado te atraiu. E quando ele te ofereceu um « Le Francky » (vodka, framboesa, kiwi), ele te conquistou! Lado cidade : uma vez que vocês reestabeleceram contato, vocês marcam um encontro : você se veste com o seu frente-unica mais fino para encontrar o Franck que te chamou pra jantar... no Axé Moi ! Depois, você vao tomar um drink... no Axé Moi. Depois, um passeio pela praia, na frente do Axé Moi, e depois vocês vao pra casa dele... na frente do Axé Moi. E até o pão na chapa de manhã é no Axé Moi.
Algo te diz que você nao é a unica na praia que experimentou o « Le Francky »...
O « natureba » Lado praia : é preciso admitir, você ficou observando Philippe por um tempo antes de falar com ele : bronzeado uniforme, corpo naturalmente firme, cabelos meio longos, ele te chamou atençao! Seus olhares cruzaram quando vocês repararam na mesma pedrinha (porque sim, Philippe presta atençao em cada pedra da praia, faz carinho nela e a devolve para a terra. Faz parte dos seus instintos). Lado praia : quando vocês se beijavam, Philippe te encheu de areia (na hora, você achou que era pra te esconder de um grupo que faziam trilha perdidos). Depois, quando vocês passeavam na cidade, ele parava diante de cada matinho ou arbusto. Quando ele reverenciou uma composiçao floral na praça da cidade, agradecendo a « Mãe Gaya », você se desesperou... Mesmo com uma ponta de duvida, você acabou aceitando de ir jantar com ele à noite. Mas foi quando ele bateu no vendedor paquistanês de rosas e tentou replantar as flores na jardineira, você viu que era o fim."