é chegado o momento!
depois de seis meses (que passaram voando) morando no fim do mundo da frança, eu finalmente vou voltar pro lugar onde eu pertenço!
quem lê o blog com frequência sabe o quanto eu ja xinguei Brest aqui. Foram posts e mais posts inteiramente dedicados à desabafar o meu odio sobre essa cidade.
Mas momento de partir é sempre aquela coisa triste, nao importa a sua felicidade em tar indo pra um lugar bem melhor (nossa, ficou meio morbido isso).
E como o povo bretão em geral me recebeu super bem, decidi finalmente fazer justiça à Brest, e falar sobre as (poucas) qualidades que a cidade tem, e que certamente me farão falta:
- La mer: mesmo tendo morando no litoral justamente na metade mais fria do ano, so de volta e meia dar aquela espiada no mar é de um conforto e tanto. Da impressao que vc relaxa so de olhar. E nos meus surtos saudaveis de fazer jogging, nenhum cenario é mais agradavel pra correr do que a praia.
- Carro que pàra pra você atravessar a rua: como boa cidade pequena, aqui quase nao tem semaforo. mas existe faixa de pedestre até dizer chega, e todas TODAS TODAS as vezes que um pedestre se aproxima da faixa, os carros SEMPRE param. é impressionante! depois de um tempo, eu juro que nem olhava mais pros lados pra atravessar. habito que eu vou ter que recuperar, pq em Paris os carros passam por cima da sua perna.
- ele.
- Les mouettes: enquanto Paris é infestada de pombos nojentos, aqui é cheio de gaivotas. Ok, se vc for bombardeado na cabeça, o odio é o mesmo, mas vamos combinar que gaivotas sao bem mais simpaticas.
- Aluguel barato: Paris ta entre as cidades com o metro quadrado mais caro do mundo. Por isso, se tem uma coisa que me agradava em Brest, era pagar 310 conto por mês num studio relativamente espaçoso, que em Paris ia custar no minimo uns 800 pila.
- O orgulho de ser breton: o povo de Brest acha que esse é o melhor lugar do mundo e nao gostaria de sair daqui por nada. Apesar de tar partindo sem olhar pra tras, respeito muito essa mentalidade, que é contraria ao lema de vida dos parisienses tipo "j'aime rien, je suis parisien".
quinta-feira, 31 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
Summer time
E hoje começou o horario de verao francês!
(special thanks pro peguete que avisou, senao eu nem ia me tocar e ia perder minha prova amanha)
Olha, essa coisa de fazer sol até nove da noite melhora o humor que é impressionante!
Melhor ainda é junho, julho, agosto, que fica ensolarado até dez e meia!
Mas porém no entanto, vida de estagiaria é aquela coisa toda, salario cagado, entao meu verão nao vai ser exatamente cheio de viagens, ao contrario de last year. Ja to vendo que eu e paris plage seremos best friends.
Mesmo assim, ja consegui programar uma tripzinha!
Tinha comprado passagem pra ir pra Paris semana passada, pra uma nova caça de apês, mas como minha futura colocataire ligou dizendo que tinha "me aprovado" pra ir morar la, nao precisei mais ir.
A passagem de trem era daquelas promocionais que nao da pra reembolsar, so trocar. Entao logico que meu primeiro pensamento foi: pra qual praia eu vou?
Todo mundo me falava bem de La Rochelle, entao decidi trocar minha passagem pra julho e ir conhece-la!
So depois que fui googlar a cidade, e a primeira impressao foi meio... nhé. Pelas fotos, parecia total "Brest feelings", com aqueles portos, mas quando achei as fotos das praias propriamente ditas, ai sim me empolguei.
E que venha o verão!! :D
E o medo de ter pego a twin sister de Brest??
Ai sim!
(special thanks pro peguete que avisou, senao eu nem ia me tocar e ia perder minha prova amanha)
Olha, essa coisa de fazer sol até nove da noite melhora o humor que é impressionante!
Melhor ainda é junho, julho, agosto, que fica ensolarado até dez e meia!
Mas porém no entanto, vida de estagiaria é aquela coisa toda, salario cagado, entao meu verão nao vai ser exatamente cheio de viagens, ao contrario de last year. Ja to vendo que eu e paris plage seremos best friends.
Mesmo assim, ja consegui programar uma tripzinha!
Tinha comprado passagem pra ir pra Paris semana passada, pra uma nova caça de apês, mas como minha futura colocataire ligou dizendo que tinha "me aprovado" pra ir morar la, nao precisei mais ir.
A passagem de trem era daquelas promocionais que nao da pra reembolsar, so trocar. Entao logico que meu primeiro pensamento foi: pra qual praia eu vou?
Todo mundo me falava bem de La Rochelle, entao decidi trocar minha passagem pra julho e ir conhece-la!
So depois que fui googlar a cidade, e a primeira impressao foi meio... nhé. Pelas fotos, parecia total "Brest feelings", com aqueles portos, mas quando achei as fotos das praias propriamente ditas, ai sim me empolguei.
E que venha o verão!! :D
E o medo de ter pego a twin sister de Brest??
Ai sim!
sexta-feira, 25 de março de 2011
Dueto
Me bota na gaveta que eu to passada e dobrada!!
Uma transexual tailandesa (que aparentemente ninguém sabia que era transexual antes da apresentaçao, mas né, no showbizz nada é por acaso) fez um dueto solo (pois é) no Thailand got talent. Ela canta SUPER BEM com as duas vozes, de mulher e de homem. Fiquei pasma!
Se ferrar, viu... E eu aqui nao sabendo cantar nem com uma...
Uma transexual tailandesa (que aparentemente ninguém sabia que era transexual antes da apresentaçao, mas né, no showbizz nada é por acaso) fez um dueto solo (pois é) no Thailand got talent. Ela canta SUPER BEM com as duas vozes, de mulher e de homem. Fiquei pasma!
Se ferrar, viu... E eu aqui nao sabendo cantar nem com uma...
quinta-feira, 24 de março de 2011
The Murtaugh list
Depois de derreter bem o meu cérebro com marketing o dia todo, fui assistir alguns episodios do meu mais novo vicio "How I met your mother". Em um dos episodios, o protagonista fala da "the Murtaugh list", uma lista de coisas que você esta mto velho para fazer (o nome da lista vem do personagem do Danny Glover em Maquina Mortifera), que rende um dos melhores episodios quando Barney aceita o desafio de fazer todos os itens da lista num final de semana.
Quando fui dormir, ainda tava acordadona graças aos cappuccinos do dia e fiquei refletindo na minha propria the murtaugh list. Nao lembro de tudo, pq algumas coisas eu pensei quando ja tava naquele estado vegetativo entre estar acordada e adormecida, mas algumas eu lembro:
- Muito velha para ficar numa balada lotada de gente até 6 da matina num salto agulha: ok, tem vezes que me bate o siricutico e eu quero porque quero sair pra dançar até amanhecer. Mas nesse ponto da minha vida, isso so ocorre quando eu to com um salto médio ou inexistente, e num lugar tipo bar-balada, onde você pode dançar e tbm dar aquela sossegada numa mesa por um tempo. E se tiver que ficar se acotovelando pra dançar, sem chance.
- Interagir com adolescentes: tenho alergia e acho que a humanidade esta perdida. Ponto.
- Achar que piercing é legal: nada contra, eu ja tive e achava super legal, e tem gente que por causa do estilo continua combinando nao importa a idade. Mas quando vejo um cara qualquer la pelos seus 30 anos mostrando a lingua com piercing se achando super transgessor, eu fico pensando "você tem 18 anos por acaso?"
- Gostar de Mc Donald's: ta bom, eu como sem problemas, mas quando você é menor, você gostaria de comer McDo todo dia. Quando você cresce e passa a determinar seu cardapio, você até faz isso com bastante frequência, você esta maravilhado com a liberdade de comer hamburguer e batata frita sempre que quiser. Mas depois de um tempo, ir ao Mc Donald's nao vira nada além de "so tenho 6 euros pra almoçar e nao aguento mais crêpe" misturado com "nao quero refletir sobre o que eu quero comer".
- Gostar de comédias romanticas tradicionais: ok, eu sei que pro sexo feminino isso nao tem limite de idade, mas depois de um certo tempo e algumas decepçoes amorosas, nao suporto mais o roteiro "pessoas opostas se conhecem, por um incidente do destino se apaixonam, algo de grave acontece, elas se separam e uma faz alguma grande loucura para reconquistar a outra pessoa". Final de 9 entre 10 comédias romanticas: mocinho compra uma passagem de ultima hora, so pra entrar no mesmo aviao que a mocinha, e entra correndo dizendo "você nao pode ir para Chicago, porque EU TE AMO!!" (é sempre Chicago ou Boston), a mocinha faz um momento de mistério, mas com os olhos marejadinhos diz "eu tbm te amo!", eles se beijam e vivem felizes para sempre.
Francamente.. Um filme de aventura, drama existencial ou estilo Woody Allen me fazem muito mais feliz.
Veja bem, isso nao é uma listinha de "cuspiu no prato que comeu", so uma lista das coisas que mudaram no meu ponto de vista... Até porque tem coisas que eu estou muito velha pra fazer, mas continuo fazendo.
TAE! Proximo posto sera sobre isso.
"I'm too old for this shit..."
Quando fui dormir, ainda tava acordadona graças aos cappuccinos do dia e fiquei refletindo na minha propria the murtaugh list. Nao lembro de tudo, pq algumas coisas eu pensei quando ja tava naquele estado vegetativo entre estar acordada e adormecida, mas algumas eu lembro:
- Muito velha para ficar numa balada lotada de gente até 6 da matina num salto agulha: ok, tem vezes que me bate o siricutico e eu quero porque quero sair pra dançar até amanhecer. Mas nesse ponto da minha vida, isso so ocorre quando eu to com um salto médio ou inexistente, e num lugar tipo bar-balada, onde você pode dançar e tbm dar aquela sossegada numa mesa por um tempo. E se tiver que ficar se acotovelando pra dançar, sem chance.
- Interagir com adolescentes: tenho alergia e acho que a humanidade esta perdida. Ponto.
- Achar que piercing é legal: nada contra, eu ja tive e achava super legal, e tem gente que por causa do estilo continua combinando nao importa a idade. Mas quando vejo um cara qualquer la pelos seus 30 anos mostrando a lingua com piercing se achando super transgessor, eu fico pensando "você tem 18 anos por acaso?"
- Gostar de Mc Donald's: ta bom, eu como sem problemas, mas quando você é menor, você gostaria de comer McDo todo dia. Quando você cresce e passa a determinar seu cardapio, você até faz isso com bastante frequência, você esta maravilhado com a liberdade de comer hamburguer e batata frita sempre que quiser. Mas depois de um tempo, ir ao Mc Donald's nao vira nada além de "so tenho 6 euros pra almoçar e nao aguento mais crêpe" misturado com "nao quero refletir sobre o que eu quero comer".
- Gostar de comédias romanticas tradicionais: ok, eu sei que pro sexo feminino isso nao tem limite de idade, mas depois de um certo tempo e algumas decepçoes amorosas, nao suporto mais o roteiro "pessoas opostas se conhecem, por um incidente do destino se apaixonam, algo de grave acontece, elas se separam e uma faz alguma grande loucura para reconquistar a outra pessoa". Final de 9 entre 10 comédias romanticas: mocinho compra uma passagem de ultima hora, so pra entrar no mesmo aviao que a mocinha, e entra correndo dizendo "você nao pode ir para Chicago, porque EU TE AMO!!" (é sempre Chicago ou Boston), a mocinha faz um momento de mistério, mas com os olhos marejadinhos diz "eu tbm te amo!", eles se beijam e vivem felizes para sempre.
Francamente.. Um filme de aventura, drama existencial ou estilo Woody Allen me fazem muito mais feliz.
Veja bem, isso nao é uma listinha de "cuspiu no prato que comeu", so uma lista das coisas que mudaram no meu ponto de vista... Até porque tem coisas que eu estou muito velha pra fazer, mas continuo fazendo.
TAE! Proximo posto sera sobre isso.
"I'm too old for this shit..."
quinta-feira, 17 de março de 2011
Aprendendo a gerenciar
Essa semana no mestrado foi uma verdadeira tortura.
Fizemos uma coisa chamada "jogo de empresas", onde a galera se divide em equipes, e utilizando um programa proprio que cria um ambiente artificial, a gente "brinca" de gerenciar uma empresa e seus produtos, em relaçao às decisoes da nossa area (marketing).
Todas equipes eram de 5 pessoas, e como nos éramos so 3, o africano que nunca faz nada nos trabalhos e ninguém quer fazer grupo foi colocado com a gente. Ou seja, tecnicamente, continuamos 3.
Nao preciso nem dizer que a minha equipe ficou em ultimo nas partes de mercado total, né?
Além da gente ter demorado a sacar como funcionava esse "ambiente artificial", a gente apanhava pra ler as tabelas pra fazer analise, e tbm decidimos nos focar no segmento de luxo, que por si so ja é bem mais restrito que os outros. Além de tudo, estavamos em minoria (pq sério, o africano nao contava).
Pois bem, no começo tava meio timida, no meu canto, e mesmo as coisas que eu falava, as duas meninas do meu grupo nao levavam mto em conta e faziam aquela cara de "ela é estrangeira..."
Foi na hora que a gente começou a derrapar de verdade em relaçao aos "concorrentes", que elas começaram a nao saber o que fazer e sem perceber, eu "botei o pau na mesa".
Sugeri que cada uma de nos três se focalizasse num ponto, de forma que as analises pudessem ser feitas com mais atençao.
Tbm joguei a idéia de que, se queriamos nos firmar como "luxo", tinhamos que tirar o nosso produto "ralé" do mercado.
Eis que começamos a reagir nos resultados financeiros, e com o andar da carruagem, me dei conta que as duas meninas do grupo repartiram as analises entre elas, e eu ficava acompanhando as duas, dizendo o que tinhamos que fazer. Era eu sentar com uma, a outra gritava que eu precisava ajuda-la com a previsao de vendas, pq ela nao tava conseguindo. OU SEJA, me botaram de gerente do barraco sem eu querer.
Pedi pro africano começar a fazer o powerpoint da apresentaçao, e quando vi os slides iniciais, que pela fonte da letra e pelas imagens que ele colocou mais parecia que a gente ia apresentar um show de rap do que um relatorio sobre a nossa perfomance, delicadamente rebaixei ele pra office boy, e tudo o que ele fazia era buscar nossos lanches e imprimir as tabelas. Pior do que so poder confiar coisas basicas pra um aluno de mestrado, é de nao confiar nem o minimo, pq sabe que ele vai fazer malfeito.
Nas etapas final do jogo, continuamos em ultimo lugar geral, mas em primeiro ou segundo lugar nos segmentos de luxo (que era nosso objetivo), o que representava uma boa retomada pra nossa equipe.
Voltamos a fazer o powerpoint, e as duas meninas do grupo começaram a bater boca sobre como deveriamos formula-lo. Juro que achei que as duas iam se estapear. Uma delas, quando se deu conta de que so tinhamos mais 15 minutos pra terminar metade do powerpoint, deu um ataque de que nao consegueriamos terminar a tempo, e que nao poderiamos apresentar o trabalho e que tudo estava perdido.
Dei aquela boa respirada, e falei gentilmente "por favor, saia da frente do computador. se vcs nao entram num consenso, eu vou fazer o powerpoint do meu jeito". Enquanto eles arrumavam a sala, eu ia ajeitando o arquivo, e colocando as palavras-chaves pra apresentaçao, e ainda disse "e se tiver erros de ortografia, a gente fala pro professor que é culpa da estrangeira aqui HAHA" (juro que dei uma risada maléfica nessa hora)
Na hora de repartir o que cada um ia apresentar, as duas tiraram o corpo fora de falar sobre a parte mais importante, que era a analise dos graficos com a evoluçao da nossa performance. Ja mandei um "XA COMIGO!". Incrivel como eu, que sou super insegura naturalmente, fico valente perto de outras pessoas inseguras.
Resumindo, acabei fazendo quase a apresentaçao oral toda, e no final das contas, mesmo a nossa nota sendo a pior de todas (vide a pior performance), ainda sim foi bem acima da média, e é ISSO QUE IMPORTA. O professor gostou de como a gente conseguiu retomar um pouco a nossa posiçao, e sobretudo ficar na frente nos nossos mercados-alvo, e tbm de como conseguimos fazer uma boa analise geral das cagadas que nos deixaram em ultimo lugar.
E mesmo sendo apenas um jogo, que me deu pesadelos três noites seguidas, além de uma série de rugas e cabelos brancos de nervoso, achei que foi um aprendizado absurdo pra mim (aprendi mais nesses ultimos 3 dias, do que no ultimo mês de aula), e tbm reparei que consigo gerenciar uma equipe (pequena, mas enfim) e meu stress melhor do que imaginava.
Enfim, e porque eu digo tudo isso?
Porque desde que consegui meu estagio (que começa daqui três semanas) tenho estado constantemente nervosa e com medo, pensando se eu sou capaz de ser uma boa professional numa empresa francesa.
E depois desse jogo-tortura dos ultimos 3 dias, me sinto super segura: que venha o mercado de trabalho.
...
Mas antes eu quero passar bem uma semana sem olhar pra uma tabela ou grafico que seja.
NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!!!
Fizemos uma coisa chamada "jogo de empresas", onde a galera se divide em equipes, e utilizando um programa proprio que cria um ambiente artificial, a gente "brinca" de gerenciar uma empresa e seus produtos, em relaçao às decisoes da nossa area (marketing).
Todas equipes eram de 5 pessoas, e como nos éramos so 3, o africano que nunca faz nada nos trabalhos e ninguém quer fazer grupo foi colocado com a gente. Ou seja, tecnicamente, continuamos 3.
Nao preciso nem dizer que a minha equipe ficou em ultimo nas partes de mercado total, né?
Além da gente ter demorado a sacar como funcionava esse "ambiente artificial", a gente apanhava pra ler as tabelas pra fazer analise, e tbm decidimos nos focar no segmento de luxo, que por si so ja é bem mais restrito que os outros. Além de tudo, estavamos em minoria (pq sério, o africano nao contava).
Pois bem, no começo tava meio timida, no meu canto, e mesmo as coisas que eu falava, as duas meninas do meu grupo nao levavam mto em conta e faziam aquela cara de "ela é estrangeira..."
Foi na hora que a gente começou a derrapar de verdade em relaçao aos "concorrentes", que elas começaram a nao saber o que fazer e sem perceber, eu "botei o pau na mesa".
Sugeri que cada uma de nos três se focalizasse num ponto, de forma que as analises pudessem ser feitas com mais atençao.
Tbm joguei a idéia de que, se queriamos nos firmar como "luxo", tinhamos que tirar o nosso produto "ralé" do mercado.
Eis que começamos a reagir nos resultados financeiros, e com o andar da carruagem, me dei conta que as duas meninas do grupo repartiram as analises entre elas, e eu ficava acompanhando as duas, dizendo o que tinhamos que fazer. Era eu sentar com uma, a outra gritava que eu precisava ajuda-la com a previsao de vendas, pq ela nao tava conseguindo. OU SEJA, me botaram de gerente do barraco sem eu querer.
Pedi pro africano começar a fazer o powerpoint da apresentaçao, e quando vi os slides iniciais, que pela fonte da letra e pelas imagens que ele colocou mais parecia que a gente ia apresentar um show de rap do que um relatorio sobre a nossa perfomance, delicadamente rebaixei ele pra office boy, e tudo o que ele fazia era buscar nossos lanches e imprimir as tabelas. Pior do que so poder confiar coisas basicas pra um aluno de mestrado, é de nao confiar nem o minimo, pq sabe que ele vai fazer malfeito.
Nas etapas final do jogo, continuamos em ultimo lugar geral, mas em primeiro ou segundo lugar nos segmentos de luxo (que era nosso objetivo), o que representava uma boa retomada pra nossa equipe.
Voltamos a fazer o powerpoint, e as duas meninas do grupo começaram a bater boca sobre como deveriamos formula-lo. Juro que achei que as duas iam se estapear. Uma delas, quando se deu conta de que so tinhamos mais 15 minutos pra terminar metade do powerpoint, deu um ataque de que nao consegueriamos terminar a tempo, e que nao poderiamos apresentar o trabalho e que tudo estava perdido.
Dei aquela boa respirada, e falei gentilmente "por favor, saia da frente do computador. se vcs nao entram num consenso, eu vou fazer o powerpoint do meu jeito". Enquanto eles arrumavam a sala, eu ia ajeitando o arquivo, e colocando as palavras-chaves pra apresentaçao, e ainda disse "e se tiver erros de ortografia, a gente fala pro professor que é culpa da estrangeira aqui HAHA" (juro que dei uma risada maléfica nessa hora)
Na hora de repartir o que cada um ia apresentar, as duas tiraram o corpo fora de falar sobre a parte mais importante, que era a analise dos graficos com a evoluçao da nossa performance. Ja mandei um "XA COMIGO!". Incrivel como eu, que sou super insegura naturalmente, fico valente perto de outras pessoas inseguras.
Resumindo, acabei fazendo quase a apresentaçao oral toda, e no final das contas, mesmo a nossa nota sendo a pior de todas (vide a pior performance), ainda sim foi bem acima da média, e é ISSO QUE IMPORTA. O professor gostou de como a gente conseguiu retomar um pouco a nossa posiçao, e sobretudo ficar na frente nos nossos mercados-alvo, e tbm de como conseguimos fazer uma boa analise geral das cagadas que nos deixaram em ultimo lugar.
E mesmo sendo apenas um jogo, que me deu pesadelos três noites seguidas, além de uma série de rugas e cabelos brancos de nervoso, achei que foi um aprendizado absurdo pra mim (aprendi mais nesses ultimos 3 dias, do que no ultimo mês de aula), e tbm reparei que consigo gerenciar uma equipe (pequena, mas enfim) e meu stress melhor do que imaginava.
Enfim, e porque eu digo tudo isso?
Porque desde que consegui meu estagio (que começa daqui três semanas) tenho estado constantemente nervosa e com medo, pensando se eu sou capaz de ser uma boa professional numa empresa francesa.
E depois desse jogo-tortura dos ultimos 3 dias, me sinto super segura: que venha o mercado de trabalho.
...
Mas antes eu quero passar bem uma semana sem olhar pra uma tabela ou grafico que seja.
NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!!!
domingo, 13 de março de 2011
Era pra ser um filminho light no domingo de manhã
Dae que o boyfriend/ex-boyfriend/atual-peguete-até-eu-mudar-pra-Paris tem um bruxismo violento, e eu dormi mal pra cacete. Ficava toda hora acordando com o barulho dele rangendo os dentes, juro que em alguns momentos eu achei que ia quebrar. Logo, as 9 da matina dum domingo, eu tava de pé, doida pra vir pra casa e tentar recuperar um pouco do sono perdido.
Logico que eu cheguei aqui acordadona, resolvi tomar meu café da manha tranquila e assistir um documentario que eu baixei ontem.
O documentario se chama "Inside job", é narrado pelo Matt Damon et conta todo o percurso que levou à crise economica de 2008.
E olha, minha gente, nao tem como NAO FICAR REVOLTADO assistindo o filme.
Você vê que neguinho agiu na maior ma fé do universo, por pura ganancia fodendo milhoes de pessoas, pra ganhar (ainda mais) milhoes de dolares. E o pior de tudo é que nenhum deles se deu mal no final, enquanto milhares perderam suas casas e suas economias.
Nao tem como nao ficar extremamente revoltado e com vontade de matar cada um daqueles filhos da p***, mas mesmo assim recomendo à todos, por questão de conhecimento mesmo.
Recomendo até pra quem é meio nulo em Economia, tipo eu, pq ele é super bem explicado.
Logico que eu cheguei aqui acordadona, resolvi tomar meu café da manha tranquila e assistir um documentario que eu baixei ontem.
O documentario se chama "Inside job", é narrado pelo Matt Damon et conta todo o percurso que levou à crise economica de 2008.
E olha, minha gente, nao tem como NAO FICAR REVOLTADO assistindo o filme.
Você vê que neguinho agiu na maior ma fé do universo, por pura ganancia fodendo milhoes de pessoas, pra ganhar (ainda mais) milhoes de dolares. E o pior de tudo é que nenhum deles se deu mal no final, enquanto milhares perderam suas casas e suas economias.
Nao tem como nao ficar extremamente revoltado e com vontade de matar cada um daqueles filhos da p***, mas mesmo assim recomendo à todos, por questão de conhecimento mesmo.
Recomendo até pra quem é meio nulo em Economia, tipo eu, pq ele é super bem explicado.
sexta-feira, 11 de março de 2011
2012
Hoje de manhã um dos assuntos na universidade era o tsunami no Japao. Todo mundo horrorizado com as imagens da tragédia e tal.
Uma das colegas, que tem um filho de 8 anos, disse que estava levando-o pra escola, ouvindo as noticias no radio, e o menininho lançou "é, pois é, mamae, o fim do mundo em 2012 ta se preparando...", o que deu margem às discussoes sobre o quanto anda acontecendo uma catastrofe natural atras da outra (inclusive essa do Japao em um mês ja vai ser esquecida, pra dar lugar à um furacao, ou enchente, ou que seja), levantando a questao: sera mesmo que o mundo nao vai acabar em 2012?
A marroquina muçulmana do grupo (pois é, esse povo adora me rodear) ainda comentou, de acordo com os preceitos de "apocalipse" do Islam, muita coisa tida como "o anuncio do fim do mundo" bate com coisas que estao acontecendo, tipo as mulheres estarem adquirindo mais e mais poder (nesse momento foi impossivel nao pensar "ainda bem que eu larguei aquele cara..."), o Islam estar sendo visto cada vez mais como terrorismo, e as revoltas nos paises arabes (vide Egito, Libia, Tunisia, etc).
Depois de tanto debater o fim do mundo ooou nao em 2012, voltamos ao projeto em que estavamos trabalhando, e a unica coisa que a gente conseguia pensar era:
"AAAAh, pq q eu to me matando nesse mestrado, se o mundo vai acabar ano que vem mesmo?"
Seria tragico, nao fosse comico.
Ou seria comico, nao fosse tragico?
Uma das colegas, que tem um filho de 8 anos, disse que estava levando-o pra escola, ouvindo as noticias no radio, e o menininho lançou "é, pois é, mamae, o fim do mundo em 2012 ta se preparando...", o que deu margem às discussoes sobre o quanto anda acontecendo uma catastrofe natural atras da outra (inclusive essa do Japao em um mês ja vai ser esquecida, pra dar lugar à um furacao, ou enchente, ou que seja), levantando a questao: sera mesmo que o mundo nao vai acabar em 2012?
A marroquina muçulmana do grupo (pois é, esse povo adora me rodear) ainda comentou, de acordo com os preceitos de "apocalipse" do Islam, muita coisa tida como "o anuncio do fim do mundo" bate com coisas que estao acontecendo, tipo as mulheres estarem adquirindo mais e mais poder (nesse momento foi impossivel nao pensar "ainda bem que eu larguei aquele cara..."), o Islam estar sendo visto cada vez mais como terrorismo, e as revoltas nos paises arabes (vide Egito, Libia, Tunisia, etc).
Depois de tanto debater o fim do mundo ooou nao em 2012, voltamos ao projeto em que estavamos trabalhando, e a unica coisa que a gente conseguia pensar era:
"AAAAh, pq q eu to me matando nesse mestrado, se o mundo vai acabar ano que vem mesmo?"
Seria tragico, nao fosse comico.
Ou seria comico, nao fosse tragico?
quarta-feira, 9 de março de 2011
Ra!
Ja é meio que old news, mas vamo compartilhar ae:
Dae que depois de dois meses num envio frenético de CVs por toda a França, pra ilha da Rainha e até pro paraiso das contas bancarias (ah, va, quem nao gostaria de morar em Genebra um veraozinho?), e de uma fortuna faraônica gasta em passagem de trem pra ir fazer entrevista, eu enfim achei meu estagio!! êêêêê! (todos juntos \o/)
A partir de Abril, serei a feliz escraviaria da marca do leaozinho, marca essa eleita a preferida dos franceses no ultimo levantamento da Ipsos em 2010.
Pois é, eu, que nunca soube nem sequer fazer uma baliza direito, vou trabalhar analisando a concorrência e as tendências de consumo do mercado automobilistico francês.
Nao sei o que significa tantos cavalos num motor?? Quantas valvulas?? Nao tem problema, EU APRENDO.
Aposto que quando terminar esse estagio, eu nao so estarei sacando tudo de marketing no mercado automobilistico, como ainda vou poder levar carro pra consertar no mecânico sem que ele me passe a perna! HA HA HA (risada ambiciosa)
Ok, nao é pra tanto, mas espero ao menos poder comprender algo quando alguém disser "870 cavalos de potência a 9 500 rpm".
Meus chefes ja tao cientes da minha ignorancia em termos de motores, pq como boa representante do sexo feminino, eu so presto atençao em design (o que eu deixei bem claro, ao ser perguntada "qual carro vc compraria se ganhasse na loteria?" e eu respondi "Aston Martin DBS, do filme do James Bond!" hahahaha)
To que é PURA empolgaçao pra começar esse estagio (empolgaçao essa que sempre some nos dois primeiros meses no mundo de trabalho, mas me deixem ser feliz), até pq, ainda por cima, vou abandonar o fim de mundo e voltar pra meu glorioso amor eterno amor verdadeiro que é Paris!
Felicidade define :D
p.s.= tava conversando com a marroquina da sala que tbm vai trabalhar pra marca do leaozinho, e descobrimos que vamos trabalhar fazendo exatamente a mesma coisa, so que ela em relaçao aos serviços apos-venda e eu com os produtos. Estavamos toda serelepes, combinando de ser "lunch buddies", quando descobrimos que ela vai trabalhar na sede industrial, e eu na sede social.
Dae que depois de dois meses num envio frenético de CVs por toda a França, pra ilha da Rainha e até pro paraiso das contas bancarias (ah, va, quem nao gostaria de morar em Genebra um veraozinho?), e de uma fortuna faraônica gasta em passagem de trem pra ir fazer entrevista, eu enfim achei meu estagio!! êêêêê! (todos juntos \o/)
A partir de Abril, serei a feliz escraviaria da marca do leaozinho, marca essa eleita a preferida dos franceses no ultimo levantamento da Ipsos em 2010.
Pois é, eu, que nunca soube nem sequer fazer uma baliza direito, vou trabalhar analisando a concorrência e as tendências de consumo do mercado automobilistico francês.
Nao sei o que significa tantos cavalos num motor?? Quantas valvulas?? Nao tem problema, EU APRENDO.
Aposto que quando terminar esse estagio, eu nao so estarei sacando tudo de marketing no mercado automobilistico, como ainda vou poder levar carro pra consertar no mecânico sem que ele me passe a perna! HA HA HA (risada ambiciosa)
Ok, nao é pra tanto, mas espero ao menos poder comprender algo quando alguém disser "870 cavalos de potência a 9 500 rpm".
Meus chefes ja tao cientes da minha ignorancia em termos de motores, pq como boa representante do sexo feminino, eu so presto atençao em design (o que eu deixei bem claro, ao ser perguntada "qual carro vc compraria se ganhasse na loteria?" e eu respondi "Aston Martin DBS, do filme do James Bond!" hahahaha)
To que é PURA empolgaçao pra começar esse estagio (empolgaçao essa que sempre some nos dois primeiros meses no mundo de trabalho, mas me deixem ser feliz), até pq, ainda por cima, vou abandonar o fim de mundo e voltar pra meu glorioso amor eterno amor verdadeiro que é Paris!
Felicidade define :D
p.s.= tava conversando com a marroquina da sala que tbm vai trabalhar pra marca do leaozinho, e descobrimos que vamos trabalhar fazendo exatamente a mesma coisa, so que ela em relaçao aos serviços apos-venda e eu com os produtos. Estavamos toda serelepes, combinando de ser "lunch buddies", quando descobrimos que ela vai trabalhar na sede industrial, e eu na sede social.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Eu vi gnomos...
Existem duendes na minha casa.
é sério.
E em se tratando da Bretagne, eu nao duvido nada que existam mesmo.
Ontem fui religiosamente tomar minha pilula anti-bebês. E eis que nao achava a bichinha POR NADA.
Revirei os armarios, e minha bolsa, onde ela deveria estar, umas noventas vezes.
E ainda me dei conta de que aquela era minha ultima cartelinha do estoque que mamis mandou.
Entao, la fui eu, na farmacia, fazer todo o meu drama.
Aqui é proibido vender pilula sem receita, mas rezava a lenda que se vc chorasse pra atendente, ela te vendia uma cartelinha so pra dar tempo de vc ir no médico e conseguir a receita.
Logico que a tiazinha fez linha dura, e eu fui obrigada a fazer toda a minha encenaçao de "moça, eu nao posso interromper meu tratamento, eu tenho consulta marcada pra terça que vem" (haha).
No final das contas, ela vendeu a cartelinha salvadora, que pra minha surpresa custa 12 pila aqui.
Chegando em casa, a primeira coisa que eu fiz foi marcar um médico, pq né, nao quero ficar usando das minhas habilidades teatrais toda vez que eu tiver que comprar minha Yasmine querida, e uma hora os farmaceuticos vao se acostumar com a minha cara.
Anyway, ja tinha até esquecido do assunto, quando hoje fui arrumar minha bolsa pro bate-volta pra Paris, e... achei a pilula antiga. Pois é. Ela tava la, no bolso onde deveria estar, sorrindo bem sacana pra mim tipo 'haha, te fiz pagar o maior mico'.
Nao venham me dizer que eu nao procurei direito, pq eu revirei aquela bolsa de todas as maneiras possiveis.
Duendes. So isso explica.
é sério.
E em se tratando da Bretagne, eu nao duvido nada que existam mesmo.
Ontem fui religiosamente tomar minha pilula anti-bebês. E eis que nao achava a bichinha POR NADA.
Revirei os armarios, e minha bolsa, onde ela deveria estar, umas noventas vezes.
E ainda me dei conta de que aquela era minha ultima cartelinha do estoque que mamis mandou.
Entao, la fui eu, na farmacia, fazer todo o meu drama.
Aqui é proibido vender pilula sem receita, mas rezava a lenda que se vc chorasse pra atendente, ela te vendia uma cartelinha so pra dar tempo de vc ir no médico e conseguir a receita.
Logico que a tiazinha fez linha dura, e eu fui obrigada a fazer toda a minha encenaçao de "moça, eu nao posso interromper meu tratamento, eu tenho consulta marcada pra terça que vem" (haha).
No final das contas, ela vendeu a cartelinha salvadora, que pra minha surpresa custa 12 pila aqui.
Chegando em casa, a primeira coisa que eu fiz foi marcar um médico, pq né, nao quero ficar usando das minhas habilidades teatrais toda vez que eu tiver que comprar minha Yasmine querida, e uma hora os farmaceuticos vao se acostumar com a minha cara.
Anyway, ja tinha até esquecido do assunto, quando hoje fui arrumar minha bolsa pro bate-volta pra Paris, e... achei a pilula antiga. Pois é. Ela tava la, no bolso onde deveria estar, sorrindo bem sacana pra mim tipo 'haha, te fiz pagar o maior mico'.
Nao venham me dizer que eu nao procurei direito, pq eu revirei aquela bolsa de todas as maneiras possiveis.
Duendes. So isso explica.
Never let me go
Que na verdade devia se chamar "Never should have watched you".
Fui assistir por sugestao da amiga irlandesa, e olha que bombaaaa.
Eis a sinopse: "As children, Ruth, Kathy and Tommy, spend their childhood at a seemingly idyllic English boarding school. As they grow into young adults, they find that they have to come to terms with the strength of the love they feel for each other, while preparing themselves for the haunting reality that awaits them."
Entao, o que se passa na verdade é que eles sao clones criados pra "doar" seus orgaozinhos pro restante da humanidade. Mais alguém se lembrou de "a ilha" ae?? Mas pelo menos na Ilha, a galera tenta fugir, confrontar o destino, etc etc.. Nesse neguinho simplesmente aceita o seu papel de saco ambulante de orgaos, e todos morrem no final ao doar seus orgaos (pois é, se eu assisti esse filme de merda, me deixem pelo menos ser feliz e ser maldosa contando o final)
Eu nao suporto filme que nao tem nenhuma mensagem. Ok, nao precisa ser um Inception ou um Black Swan que te leva à varias piraçoes, mas nao custa nada ter uma mensagenzinha idiota tipo "persiga seus sonhos!" como no Ratatouille.
"Never let me go" critica uma coisa que nem existe (até onde eu saiba): a clonagem humana.
E ele discorre sobre as relaçoes humanas de três pessoas que sabem que seus dias estao bem contadinhos, mas que nunca nem sequer viveram no meio da sociedade. Tem o basico 'menina que se apaixona pelo menino, a amiguinha fica com inveja e pega o menino, e fica por anos e anos jogando na cara da amiga que ela é a namorada do menino'... Tbm tem o basico 'menino percebe que a chance de sobrevivencia dele é do lado da menina que se apaixonou por ele, entao ele finge que gosta dela tbm'...
Enfim, nao adiciona nada. E vc ainda fica com raiva de ver eles aceitando numa boa que um dia geral vai meter a faca neles pra arrancar o pulmao, figado e utero, e eles nem reclamam.
Tae! Sera que era essa a critica?
Sobre pessoas que sabem que sua vida é uma merda e nao fazem nada pra mudar isso?
Po, escrever esse post me elucidou mta coisa...
Mas continuo achando o filme um lixo.
Fui assistir por sugestao da amiga irlandesa, e olha que bombaaaa.
Eis a sinopse: "As children, Ruth, Kathy and Tommy, spend their childhood at a seemingly idyllic English boarding school. As they grow into young adults, they find that they have to come to terms with the strength of the love they feel for each other, while preparing themselves for the haunting reality that awaits them."
Entao, o que se passa na verdade é que eles sao clones criados pra "doar" seus orgaozinhos pro restante da humanidade. Mais alguém se lembrou de "a ilha" ae?? Mas pelo menos na Ilha, a galera tenta fugir, confrontar o destino, etc etc.. Nesse neguinho simplesmente aceita o seu papel de saco ambulante de orgaos, e todos morrem no final ao doar seus orgaos (pois é, se eu assisti esse filme de merda, me deixem pelo menos ser feliz e ser maldosa contando o final)
Eu nao suporto filme que nao tem nenhuma mensagem. Ok, nao precisa ser um Inception ou um Black Swan que te leva à varias piraçoes, mas nao custa nada ter uma mensagenzinha idiota tipo "persiga seus sonhos!" como no Ratatouille.
"Never let me go" critica uma coisa que nem existe (até onde eu saiba): a clonagem humana.
E ele discorre sobre as relaçoes humanas de três pessoas que sabem que seus dias estao bem contadinhos, mas que nunca nem sequer viveram no meio da sociedade. Tem o basico 'menina que se apaixona pelo menino, a amiguinha fica com inveja e pega o menino, e fica por anos e anos jogando na cara da amiga que ela é a namorada do menino'... Tbm tem o basico 'menino percebe que a chance de sobrevivencia dele é do lado da menina que se apaixonou por ele, entao ele finge que gosta dela tbm'...
Enfim, nao adiciona nada. E vc ainda fica com raiva de ver eles aceitando numa boa que um dia geral vai meter a faca neles pra arrancar o pulmao, figado e utero, e eles nem reclamam.
Tae! Sera que era essa a critica?
Sobre pessoas que sabem que sua vida é uma merda e nao fazem nada pra mudar isso?
Po, escrever esse post me elucidou mta coisa...
Mas continuo achando o filme um lixo.
Todo mundo ta falando disso...
E eu ia falar tbm sobre a campanha da Devassa com a Sandy.
Pertenço ao pequeno grupo que achou genial eles terem feito isso, apesar de que, como @jorgeaqf disse, pode virar um case "zeca pagodinho 2".
Ia apontar meus argumentos aqui de pq achei genial botar justo a virginal Sandy na campanha, mas através de links e mais links no facebook, encontrei esse texto que reflete EXATAMENTE tudo o que eu penso, entao voilà:
http://ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=51092
Pertenço ao pequeno grupo que achou genial eles terem feito isso, apesar de que, como @jorgeaqf disse, pode virar um case "zeca pagodinho 2".
Ia apontar meus argumentos aqui de pq achei genial botar justo a virginal Sandy na campanha, mas através de links e mais links no facebook, encontrei esse texto que reflete EXATAMENTE tudo o que eu penso, entao voilà:
http://ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=51092
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