sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Sobre as desculpas
Seja pra chegar atrasado no trabalho, falando que um caminhão tombou na périphérique entao ninguém ia nem pra frente nem pra tras.
Seja pra cancelar aquele happy hour com os amigos, falando que vai ter que trabalhar até tarde, porque na verdade tudo o que você quer é ir no cinema sozinho assistir Melancholia.
Seja pra pensar "mas é o aniversario do Fulano...", pra se dar o direito de comer aquele pedaço XXL de bolo de chocolate com cobertura cremosa.
Uma das situaçoes que mais envolvem a criaçao de desculpas sao as relaçoes amorosas. Seja para terminar uma, seja pra nem sequer começar uma.
Se formos calcular empiricamente, 90% das relaçoes nem sequer começam porque o cara nao quer. Nesses casos, o modus operandi ou vai ser a basica desculpa "eu nao estou pronto pra um relacionamento sério nesse momento", ou ele simplesmente desaparecer do mapa (minha tatica pessoal predileta). Anyway, até livros e filmes ja foram lançados abordando as desculpas infames masculinas pra fugir de um famigerado namoro.
Porém, em algumas raras ocasioes no universo, quem nao quer nada sério é a madame. E nessa hora, o "ele simplesmente nao esta afim de você" vira um "ele simplesmente nao conseguiu te conquistar".
E nessas horas, as mulheres fazem algumas pequenas modificaçoes nas desculpas de praxe, e mandam um dos basicos discursos de meia tigela, no que poderiamos chamar de uma espécie de vingança cosmica:
"Eu tenho muita coisa acontecendo na minha vida nesse momento"
Quando os homens falam isso, isso sempre se limita à stress no trabalho e "o clima ta pesado com o divorcio dos meus pais". Bem, quando as mulheres falam isso, a coisa é bem mais rocambolesca, afinal stress no trabalho e clima pesado em casa é too few to deal with, entao a coisa ainda envolve a melhor amiga que foi largada pelo namorado depois que engravidou, a manicure que levou um calote do irmão, o câncer daquele tio que ela adora e aquele filhotinho de vira lata que ela achou mau-tratado na rua.
"Eu nao estou pronta pra um relacionamento sério"
A nao ser que a moça tenha acabado de sair de um casamento de 15 anos ou tenha acabado de entrar na faculdade, toda mulher gosta de namorar sério (o que nao significa que a gente seja infeliz quando solteira, como ja divaguei aqui em outro post, vamos deixar claro). Entao, quando uma mulher te falar isso, saiba : ela nao quer um relacionamento sério mesmo... com VOCE. O problema é você.
A preferida de 9 entre 10 mulheres : "Eu ainda estou apaixonada pelo meu ex" . E eis a razao :
Lembro de uma vez quando eu tava filosofando sobre relaçoes amorosas com uma amiga uns 20 anos mais velha que eu, e ela me disse uma frase simples but true: "juliana, ex é para sempre". Nao importa se a relaçao terminou bem ou mal, nada apaga o tempo em que vocês foram um casal e nada apaga o fato de que, por pelo menos alguns meses ou por varios anos, você foi louca por aquele cara. Por isso, na maioria das vezes, a mulher demora pra se desligar do ex mesmo. Ainda mais se ele faz o favor de te enviar um DVD do Lago dos Cisnes pelo teu aniversario, mostrando que ele ainda lembra que você gosta de ballet.
Entao, mesmo quando conseguimos virar a pagina, o proximo cara com quem começamos a sair tem uma dura tarefa da qual ele nem sequer esta ciente : ser melhor que o ex. Nao (necessariamente) melhor no sentido de mais rico, mais bonito ou mais inteligente, mas ele tem que te fazer se sentir mais entusiasmada e com mais 'butterflies in the stomach" do que seu ex te fez sentir no começo. Nao existe uma formula magica pra isso (mesmo se algumas dicas sao sempre validas), e se depois de algumas semanas juntos, a garota nao começa a querer te ver todo dia, e na maioria das vezes prefere ir no supermercado do que sair com você, nao vai demorar muito pra ela lançar a infame "eu ainda estou apaixonada pelo meu ex". Isso pode até ser verdade e a moçoila ainda pode estar suspirando por seu antigo principe encantado, mas na maioria das vezes, isso na realidade quer dizer que você apenas nao conseguiu despertar nela aquela paixao e aquele frisson que o ultimo namorado dela despertou.
Tudo isso pra chegar à mesma conclusao que todos os filmes e livros no estilo do "ele simplesmente nao esta afim de você" falam, tanto pra homens quanto pra mulheres : se a outra pessoa se apaixonou, nao importa o quão inoportuno seja o momento, nem o quão dificil seja o momento pelo qual ela ta passando : ela vai ficar feliz de você ter entrado na sua vida, e que vai adorar e fazer de tudo pra que você continue nela.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
A vida em coloc
Tudo isso se deve à simples lei da oferta e da procura. Milhares de pessoas procuram um lar, pra pouco apartamento.
E com tanta gente procurando, além dos preços, as exigencias dos proprietarios também sao exorbitantes. Pra alugar um mero studiozinho de 20 metros quadrados mesmo numa area 'legalzinha' tipo porte de clignancourt, você precisa de dois fiadores na europa, que tenham um salario 3 vezes maior que o aluguel, e você mesmo precisa ter um CDI (contrato por tempo indeterminado, ou o equivalente do "carteira assinada" do brasil) por mais de 3 meses, com um salario igualmente três vezes maior que o aluguel...
E mesmo assim, é inacreditavel o quanto as pessoas ainda tem de se matar pra conseguir um muquifinho dentro da périphérique.
Logo, pra estudantes sem CDI e sem fiadores europeus tipo eu, as chances de alugar algo meu beiram à chance do impossivel-nem-a-pau-vai-sonhando-ta-achando-o-quê-da-vida.
A unica coisa que sobra sao as igualmente disputadas colocaçoes.
Uma pessoa, que nao quer morar num studiozinho minusculo, aluga um apê grande, pra dividir com outras pessoas, e todo mundo racha o aluguel. Ou alguém é dono de um apê, e tendo um quarto extra, resolve aluga-lo pra ter uma renda extra. Tudo isso é ilegal, feito por baixo dos panos, mas é o que salva pessoas tipo eu de morar debaixo da ponte ou nos corredores do métro.
E se morar com amigos pode ser complicado, morar com estranhos entao é mais ainda. Mas honestamente, nesses dois anos e meio de vida "em comum" com estranhos, eu nao tenho do que reclamar. Tirando o tiozinho (que eu vou falar logo mais), eu nao tenho do que reclamar dos meus colocatarios, inclusive fiz amigos queridos à partir dai. Ouço tanta historia bizarra sobre colocaçoes, que acho que eu tenho sorte. Mas isso nao nos impede de passar por pequenas situaçoes bizarras ou no minimo engraçadas :
A escova compartilhada : a idéia desse post veio quando hoje de manha eu fui escovar os dentes depois do café da manha e nao achei minha escova azul. Imaginei que minha coloc tinha jogado ela fora por engano, mas nao tinha nada no lixo.
Sabendo que o namorado dela tinha dormido la aquela noite e que agora so haviam duas escovas rosas no copinho, deduzi que o cara, nao sabendo qual era a escova dele, deduziu o obvio "rosa-menina e azul-menino" e usou minha escova. Quando a coloc acordou, perguntei como quem nao quer nada se ela nao sabia da minha escova, ela disse que nao mas começou a olhar nas coisas dela. Eis que ela acha a escova, começa a rir e deduz a mesma coisa que eu : o namorado tinha usado minha escova. Ela pediu novecentas mil desculpas e prometeu comprar uma escova nova hoje mesmo. Na verdade, eu nem estressei, so queria que ele ficasse ciente da nojeira mesmo hahaha. A vida em comum tem disso.
A geladeira multi-étnica : quando morei na chinatown parisiense, dividia o apê com uma africana e uma chinesa. Nossa geladeira era a coisa mais flagrante da nossa diferença cultural. Acho que as unicas coisas em comum entre as nossas prateleiras eram coisas tipo manteiga ou ovos. Lembro que um dia abri a geladeira toda serelepe, e vejo uma cabeça de peixe me olhando na prateleira da africana. Sim, uma cabeça de peixe, com olhinhos, dentinhos e tudo. Ja fiquei achando que minha coloc era uma macumbeira, e ja pensei em encomendar alguns despachos. Mas eis que um dia chego em casa, e ela ta fritando umas bananas-da-terra (que ela adorava e comia dia sim dia nao) e cozinhando a cabeça de peixe com uns temperos, que ELA COMEU DE COLHER, com olhinhos, dentinhos e tudo.
Juro que fiquei com o estomago revirado uns 2 dias. E sem meus despachos.
O tiozinho sem-noçao : no primeiro apê que morei, tinha uma coloc italiana gente-finissima, que virou uma amiga querida. Mas quando ela teve que voltar pra bergamo, a proprietaria do apê (que nao morava la) decidiu que estava "cansada desses jovens" e resolveu colocar um cara de uns 50 anos pra morar no quarto da italiana. O que leva um cara de 50 anos a se submeter a morar em colocaçao e nao ter seu proprio espaço, eu nunca vou saber.
A questao é que o tiozinho era um pé-no-saco. Ele tinha que dormir as 9 da noite, ja que acordava as 4 e meia pra trabalhar, entao ligava sempre pra proprietaria pra reclamar que eu estava "andando" demais pela casa depois das 9. Veja bem, eu nem sequer escutava musica sem fones, mas deixar de ir no banheiro fazer xixi ou preparar um cha porque a vossa majestade pode acordar com os meus passos, ja é demais. Sem falar que se eu deixasse uma caneca pra lavar mais tarde na pia, ele ja ligava pra proprietaria falando que eu era uma porca. UMA fucking caneca.
Anyway, acho que é por causa disso que ele "adquiriu" um novo habito agradavel : tomar banho de porta aberta. E eu tendo que passar em frente ao banheiro pra ir pro meu quarto, tinha que fazer uns movimentos ninjas pra nao ter nenhuma visao do inferno. Nariz empinado como sou, nao me dei por vencida e nao liguei pra proprietaria pra reclamar. Me fiz de indiferente. No entanto, um dia, uma neta da proprietaria veio passar uns dias em Paris e ia ficar no sofa da sala do apartamento. Ela teve a infelicidade de chegar justo quando o senhorzinho tava tomando banho de porta aberta, e ligou imediatamente pra avo reclamando do homem, que recebeu um ultimato para abandonar o apartamento até o final do mês, ja que "ele nao sabia conviver com outras pessoas". Lembro de so ter pensado duas palavras : ha ha.
O cambrioleur : na vida em coloc, é comum sempre avisar quando você receber uma visita, pelo simples respeito e pra que ninguém cruze outra pessoa em casa e pense "quem raios é vc?". Logico que uma vez ou outra, você esquece.
Um dia, no apartamento em chinatown, sai linda leve e loira do meu quarto pra ir tomar banho, quando me deparo com um negão 3x4 no corredor. Lembro de ter ficado petrificada, achando que era um ladrao que invadiu o apê, e fiquei olhando em volta qual era o objeto mais pesado ou cortante que eu poderia jogar naquele armario e me arrependendo de nao ter feitos aulas de krav maga. Estranhamente, ele também me olhava meio nao entendendo o que se passava. Eis que a africana (igualmente 3x4) sai do quarto dela, e percebendo nossas caras incrédulas, se apressou em me dizer que aquele era o namorado dela, que ia passar uma semana la, e se desculpou por ter esquecido de me avisar.
Acho que nunca senti tanto alivio na minha vida.
A chef de cuisine : quando fui burguesa e morei no 16ème, dividia o apê com um rapaz. Ele era aquela tipica pessoa que nao fazia uma virgula na cozinha, e so comia coisa congelada. Um dia, preparei um risoto de champignon (tipo, cozinhando os champignons, o arroz, etc...), e como sobrou, comentei que se ele quisesse comer, poderia se servir. Ele experimentou e olha, acho que nunca recebi tantos elogios culinarios na vida. Outra vez, preparei um strogonoff quando o ex marroquino veio jantar em casa, e também ofereci pro coloc. O rapaz ficou maravilhado, dizendo que nunca tinha comido algo tao bom na vida.
Mesmo sabendo que tudo isso era so pq o paladar dele tava comprometido com tanta comida congelada, confesso que fiquei me achando "A" chef de cuisine.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Sobre a amizade entre homem e mulher
Ja vi muito homem falando que não, que na verdade, homem so se finge de amigo pra ter a oportunidade de comer a mina (pra usar os mesmos termos que eu escutei).
Na realidade, eu acho possivel, sim.
Porém, acho isso muito mais dificil e raro.
Nao estou falando de todos os espécimes machos dos circulos de amizades, mas daquele circulo exclusivo de pouquissimas pessoas : os melhores amigos. Que você fala praticamente todo dia, sabe da vida absolutamente inteira da pessoa e podem, por exemplo, sair pra uma cerveja eventualmente somente os dois, sem necessariamente estar "de galera".
Como fazer essas coisas, sem misturar os sentimentos? Afinal, sendo um homem e uma mulher, nada mais natural que uma paixão e uma atraçao, quiça um amor, acabe nascendo.
E como todo mundo sabe, se um sentimento do tipo acaba parecendo, mas um dos dois nao compartilha do mesmo sentimento, o fim daquela bela amizade é certo (situaçao bizarra pela qual passei recentemente). Ou o pior pode acontecer também : os dois compartilham do mesmo sentimento e a coisa vira namoro... mas todo mundo sabe que amigo é amigo, e namorado é namorado. Nao nos comportamos da mesma forma com um amigo do que com um namorado (ainda mais no que diz respeito à ciumes, conhecimento do historico amoroso e tolerância aos defeitos), e pra relaçao azedar, nao é mto dificil.
Entao, como atingir aquele ponto exato de amizade profunda, de intimidade, sem acabar caindo na zona do amor?
Algumas raras porém fantasticas ocasioes na vida, tive (e tenho atualmente) a oportunidade de ter um melhor amigo homem. Nao nos envolvemos sentimentalmente, mas tinhamos uma intimidade otima, e era sensacional ter o ponto de vista masculino pra varias questoes cruciais na vida, como "devo mudar de emprego?", ou "qual carro devo comprar?" ou "como faço pra esse cara largar do meu pé?" ou "os caras realmente preferem mulheres com mais carninha, pra ter onde pegar, ou isso é so lenda urbana pra consolar pessoas como eu?".
Alguns desses melhores amigos homens no passado também me mostraram que é possivel sim, um cara se apaixonar como nunca por uma mulher e sofrer como nunca por amor. Coisa que do alto do meu feminismo, sempre acho meio impossivel.
Por outro lado, nao suporto mulher que diz que so tem melhores amigos homens porque mulheres sao falsas, invejosas, etc etc. Veja bem, nos circulos de amizades supra-citados (ai que termo chique!), a maioria é homem mesmo, mas nao pq eu tenho fobia à amizades femininas, e sim por questao de afinidade de conversas (nao, eu nao converso sobre futebol, UFC e carros). A maioria dos melhores amigos que tenho e tive foram mulheres, e eu nao seria a mesma sem elas, nem abriria mão delas por homem nenhum que fosse. Tenho pena de quem acha que todas as amigas sao falsas e invejosas, e nao pode fazer uma sessão "futilidade level advanced" em casa, com hidrataçao de cabelo + vinho + fofocas de celebridades (e antes que os homens critiquem, lembrem-se que o seu futebol+cervejinha de quarta feira com os amigos é tao inutil pra humanidade quanto). Tenho pena de quem nao pode ligar pra uma amiga pra chorar e xingar aquele imbecil que acabou de lhe dar um pé na bunda, por achar que a amiga na verdade vai é ficar feliz com a sua desgraça, ou nao pode ligar pra dizer que teve um lindo jantar romantico com um cara gato, por achar que sua amiga vai fazer macumba na encruzilhada pra que tudo dê errado. Bom dia, paranoia!
Mas também tenho pena daqueles caras que acham impossivel essa "amizade mista", e acham que so vale a pena sair pra tomar um café ou ir no cinema com uma mulher se você quiser leva-la pra cama depois. Um ponto de vista feminino sincero e imparcial (coisa impossivel quando o exemplar feminino em questao é sua namorada) pode mudar pra melhor muitas coisas na vida de um cara.
Desconheço a formula magica que torna possivel uma mulher e um homem serem "apenas" melhores amigos, mas se conhecesse, com certeza faria com que ela acontecesse mais vezes.
Apenas bons amigos??
Sim!
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Sobre o moralismo virtual
Se antigamente pra achar um emprego as pessoas tinham que encher uma pasta de curriculos e bater perna por ai entregando, hoje um simples "responsable marketing" no monster.fr ja te mostra diversas vagas.
Se antigamente quem morava no exterior falava com a familia uma vez a cada dois meses, rapidinho porque o telefone custa uma bica, hoje posso me deliciar horas e horas vendo minha familia querida através do skype.
Se ontem eu tinha simplesmente que aceitar a programaçao da TV, hoje eu escolho exatamente o que vou assistir graças às maravilhas dos downloads e do you tube.
Mas se a internet facilitou a vida, ela também nos deixou muito mais preguiçosos e hipocritas.
O exemplo mais flagrante disso sao as redes sociais.
Graças ao titio facebook e msn, toda a sua rede de contatos esta ligada. Você sabe em tempo real se seu amigo arranjou um novo emprego, uma nova namorada ou se saiu da dieta, com um comentario "comendo um xis bacon egg salada com onion rings no Outback".
Mas o pior de tudo isso é o moralismo. Quem ai nunca viu um comentario no facebook tipo "deixe essa mensagem no seu mural por uma hora caso você apoie as pessoas com cancer" ou "veja aqui lista dos deputados que querem dobrar seus salarios" ou "homofobia é crime, e bla bla bla..."??
E aquela cretinice que rola entre a mulherada, de colocar mensagens misteriosas tipo "35 polegadas" ou "em cima da cômoda", so pra despertar a curiosidade alheia? Essas mensagens misteriosas dizem respeito à "conscientizaçao sobre o cancer de mama", e bla bla bla... Agora me pergunto : o que colocar "38 polegadas" no facebook ajuda no cancer de mama??? Você faz doaçoes pra ajudar nas pesquisas?? Você ao menos faz o auto-exame com frêquencia? Entao nao me vem com churumelice.
Até ai, acho linda essa conscientizaçao toda, afinal a gente tem que começar por algum ponto. E tem algumas (rarissimas) campanhas que realmente tem algum efeito.
Mas na maioria das vezes, parece que o povo esquece que a vida se faz na realidade e nao na timeline do facebook. E na hora de levantar a bundinha linda da cadeira, o movimento perde força. Vereadores querendo aumentar seus salarios em 80%??? UM ABSURDO, AQUELES CANALHAS!!! VOU XINGAR MUITO NO TWITTER!!! ...Protestar contra esse aumento domingo à tarde debaixo do sol??... Mas vai ter jogo do curintia... (ou insira aqui o nome do seu time)
De nada adianta botar uma frase linda contra a homofobia no facebook, e quando vê dois homens ou duas mulheres de mao dada dando um selinho no métro, fica olhando com o ar mais espantado do mundo, como se aquelas pessoas fossem alienigenas.
De nada adianta botar uma frase linda sobre o respeito às mulheres, e quando vê uma mulher bonita num cargo de diretoria, faz um comentario tipo "Ra, com certeza ela deu pro presidente!"
De nada adianta botar uma frase linda falando sobre a fome da Africa, mas nao doar 10 euros que sejam pra ajudar a combater isso.
Lembro do bafafa que foi ano passado quando o #ForaSarney dominou o twitter. Milhoes e milhoes de mensagens com a tag, falando sobre os absurdos do politico, todo mundo se sentindo super engajado.
E na realidade, alguma grande passeata aconteceu? O que você fez de fato sobre isso, na vida real??
Pois o tempo passou, os trendings topics sao outros. E semana passada foi descoberto que Sarney usou helicoptero publico pra ir para a sua ilha particular (pois é, e você ai dividindo uma quitinete com 14 amigos pra passar o final de semana em Ubatuba), e que tem um salario de mais de 60 mil reais.
Uau, super eficazes essas campanhas pelo twitter hein????
Graças a Deus que na época do Diretas Ja nao existia internet, senao era capaz de até hoje ainda nao termos direito de votar no nosso presidente.
As pessoas colocam isso nas suas timelines pra parecem engajadas, responsaveis e menos burras.
Isso acalma a consciencia delas, e nada mais motivante pra nao reagir à nada e continuar na inércia do que uma consciencia tranquila.
E de fato, eles se sentem super engajadas colocando "repasse essa mensagem se você também é a favor do combate à Aids".
Como se né, a AIDS vai ser combatida so pq vc falou isso.
Ou como se ela deixasse de ser combatida, so por eu achar essa coisa de "cole no seu mural" de uma cretinice sem igual, e nao repasso "o meu apoio ao combate à AIDS" no facebook.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
"Oh, t'as un accent, tu viens d'où?"
Seja quando um amigo te apresenta à alguém, ou alguém te pergunta que horas são no ponto de onibus, seja quando um funcionario novo chega pra almoçar com o teu grupo na mesa da cantina do trabalho. A gente troca umas duas frases, e a pessoa, percebendo que você tem um sotaque que nao condiz com nenhuma região da França, lança a famosa "ah, você tem um sotaque, você vem de aonde?" ou com a variaçao "você é de qual origem?".
Ok, normal essa curiosidade, até porque eu nao tenho la a cara mais brasileira do universo,e reza a lenda que meu sotaque falando francês "nao é tipico de lugar nenhum, uma coisa meio unica" (ainda nao decidi se isso é uma coisa boa ou ruim). Mas depois de dois anos e meio, essa pergunta começa a encher o saco.
Nao pela pergunta em si, afinal, como eu disse, o ser humano é curioso, normal, e eu nao ligo de ter que repetir novecentas e doze vezes "Brésil".
O problema é pra onde a conversa vai depois. Das três uma : ou a pessoa vai comentar que eu nao tenho cara de brasileira (ah, se eu recebesse um euro pra cada vez que eu escuto isso...), e sim de alguém dos paises de Leste ou Russia ou Alemanha, e vai perguntar qual é a minha "real" origem, pra eu ser assim loira de olho azul, e quando eu falo "Alemanha", ela faz aquela cara de "aaaah, é por isso", como se minhas raizes brasileiras nao adiantassem de nada na minha personalidade. OU : a pessoa vai comentar que ja foi pro Brasil, e me contar tooooda a viagem dela. O que eu nao ligaria uma vez ou outra. Mas la pela décima vez que você escuta neguinho contando de viagem pra Foz da Iguaçu, ou de como ele achou maravilhosa a Amazonia (a.k.a. monte de mato), isso começa a encher. Se nao for isso, ela vai comentar que um amigo ja foi pro Brasil, foi assaltado no calçadao de Copacabana e jurou nunca mais botar os pés la. OU o mais frequente : ele vai lançar alguma dessas palavras :
"samba", "futebol", "caipirinha" ou "string" (a.k.a fio-dental).
Pois é.
A vontade de fugir desse tipo de conversa é tanta, que juro que quando perguntada sobre as minhas origens, ja respondi uns paises que nunca levam à conversas posteriores, tipo "Coréia do Norte" ou "Mali" ou "Guatemala". The world is my backyard.
Little habits
Escovar os dentes depois do almoço :
A maioria dos amigos brasileiros que moram na zoropa contam que continuam indo religiosamente escovar os dentes depois do almoço no trabalho, apesar dos olhares chocados dos colegas de trabalho europeus. Bato palmas e invejo todos, porque eu ja desencanei disso faz tempo. Francesada nao faz isso é jamais, e eu acabei entrando na onda. Nao é bonito, eu sei, e bem que gostaria de voltar aos velhos habitos, mas atualmente volto do almoço direto pra trabalhar normalzona o restante da tarde. So nao contem pra minha dentista. Juro que continuo escovando meus dentes bonitinho depois das outras refeiçoes.
Esperar meu troco de 3 centavos :
Normal no Brasil é arredondar as contas. $12, 72 viram $12,70 ou $12,75. Até uns 10 centavos, a gente sempre releva. Aqui pode ser um misero centavo que ninguém deixa quieto. Tanto peguei habito que sempre fico esperando meu troco de poucos centavos, mesmo que eu deteste encher minha carteira de moedinhas minusculas. O troco é meu e pronto. Nem acredito que passei tanto tempo no Brasil deixando quieto o troco de poucos centavos.
Pagar o transporte publico por mês :
Com meu pass Navigo querido (ou pass Bibus quando eu morava naquele fim de mundo de Brest), eu pago uma mensualidade e uso o trem, métro e onibus quantas vezes me der na telha. Ta certo que nao é laaaa mto barato (pra Paris e banlieues coladas, sao 60 pila que morrem todo mês), mas acho um grande incentivo a usar o transporte publico. Isso de pagar o transporte pelo bilhete unico por every single time que você o usa me parece CARO, mto caro (logico, se isso for algo rotineiro, e nao de quem tem carro e usa o onibus tipo duas vezes por semana).
Ser sua propria manicure/depiladora :
Ja disse aqui o quanto essas coisas estéticas na França (quiça na Europa toda) custam os dois zoio da cara. Logo, aprender a tirar sua propria cuticula, pintar e tirar o esmalte sozinha, assim como meter a cera quente e puxar sem pensar duas vezes na sua propria e querida pele é mais do que uma opçao : é uma obrigaçao. Saudade dos tempos em que 15 conto em meia-hora deixavam meus pés e mãos lindos, e 30 conto deixavam minhas pernas e virilhas lisinhas...
Escada, minha melhor amiga :
Monte de prédio antigo pela cidade toda, entao né, existência de elevador é meio raro. Tem uns que até conseguem adaptar e meter um elevador minusculo num canto, mas na maioria dos prédios (tipo o meu) isso é fisicamente impossivelmente. Morar no terceiro andar e descer e subir as escadas umas 3 vezes por dia vira habito, e quando você chega pra visitar um amigo, e vê que tem elevador no prédio dele, até acha aquilo meio bizarro...
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Shopping, shopping, shopping
Eis que to com uns 6 livros na minha "to read" list em casa, sem contar que to lendo uns 4 ao mesmo tempo (tipo, qdo eu enjoo de um, vou pra outro, depois pra outro, depois volto pro primeiro...)
Hoje fui passear pela Champs com os outros estagiarios (sou PHYNA, passear na Champs é meu programa de horario de almoço) e entramos na Fnac.
Eis que descobri que saiu um livro da Katherine Pancol, por quem sou apaixonada, em versão de bolso.
Eis que estava a 5 euros.
Eis que nao me aguentei.
Eis que estou com 7 livros na minha "to read" list.
Alguém me segura.
Maldita.
Cenas parisienses 2
Tinha esquecido o meu livrinho querido do Game of Thrones em casa, entao resolvi começar a ler um livro que tinha pego aqui na Peugeot (explico : eles dispoem de uma biblioteca e DVDteca paga pros funcionarios, mas qdo um livro nao é alugado depois de um século, eles resolvem botar na prateleira de doaçao). Anyway, vi um thriller dando bobeira na prateleira de doaçoes, e como curto o gênero, resolvi pegar sem nem ver sobre o que era.
Voltando, comecei a ler o Ville des Glaces (meio chato), que aparentemente fala sobre a mafia russa, corrupçao, etc etc... até que um tiozinho aleatorio sentado do meu lado me pergunta sobre o que é o livro. Explico que eu nao sei direito, que foi uma doaçao, mas aparentemente fala sobre a mafia e a corrupçao russas.
O tiozinho faz uma cara feia, e fala "Nao parece mto legal...", e eu "pois é, mas foi uma doaçao, entao to lendo né...", ao que o tiozinho respondeu "sim, sim, curiosidade literaria é otimo, é preciso praticar o exercicio mental", ao que eu respondi com um sorrisinho e voltei pra historia.
E eis que ele me sugere "Você ja tentou se exercitar com Nietzsche?"
Fucking NIETZSCHE.
Respondi que ja tentei com o "humano, demasiadamente humano", mas era muito 'pesado' pra mim, que nao curti mto.
Ai os proximos quinze minutos que se seguiram foi o tiozinho discorrendo sobre existencialismo, niilismo, valores humanos, psicologia, metafisica... e eu querendo morrer, querendo que a bendita estaçao Les Halles chegasse logo.
Quando finalmente chegou e eu comecei a me aprontar pra sair do trem, o tiozinho me afirmou que Nietzsche era genial e que, se eu tentasse de novo, com certeza eu iria amar.
Disse so um 'ok, ok, vou tentar, obrigada'.
Pois é. So mesmo em Paris pra um tiozinho aleatorio querer discutir Nietzsche com vc no métro.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Ah, se fosse verdade...
De filme romantico, quando um francês gato corre atras de você, te puxa e te beija pela primeira vez bem no meio da rue de Rivoli.
De filme de comédia pastelao, quando uma pomba invade o seu quarto porque você deixou a janela aberta e você fica que nem uma idiota cercando a pomba tentando espantar a cretina pra fora, de forma que aquele bicho portador de mil doenças encoste o minimo possivel nas suas coisas.
De filme de drama, quando você olha seu saldo bancario.
De filme de açao, quando você acorda atrasada pro trabalho e tem que se vestir, arrumar o cabelo, se maquiar e sair correndo de salto alto pro ponto do ônibus que ta do outro lado da Périphérique, tudo isso num espaço de 15 minutos.
Maaaaaas, na maioria das vezes, a vida nao é tao cinematografica. Aquela entrada triunfal sempre é arruinada por uma porta que nao abre, ou aquele pote de Haagen Dasz devorado logo apos um pé na bunda volta sob a forma de gordura nessa mesma bunda.
A diferença entre a realidade e a ficçao vai muito além das cenas impossiveis de filme de açao, onde o mocinho americano mata 19 terroristas com 6 balas, e ainda desarma aquela bomba que iria explodir a Casa Branca. Sim, sim, as diferenças sao varias outras :
Filme : a mocinha recém divorciada que nao esta procurando um novo amor esbarra em um cara super gato, solteiro pq "foi mto machucado no passado", médico cirurgiao, na feira enquanto escolhia tomates, eles batem um papo à toa e ele a chama pra sair.
Realidade : ou a mocinha esbarra no super gato médico cirurgião, fica olhando aquele deus grego, que so pede desculpas e continua escolhendo seus tomates com tranquilidade, afinal ele é casado, feliz e fiel. Ou ele começa a bater papo com ela e a chama pra sair, mas da um nome falso afinal ele é casado, feliz e um tremendo galinha que procura um one night stand. Ou a mocinha esbarra em um cara que nao é nada gato, meio gordinho, ela pede desculpa e nem olha pro cidadão. Bonito, bem sucedido, solteiro e charmoso so existe em filme.
Filme : ir trabalhar de ressaca nao é segredo. o festeiro chega atrasado, com aquela cara de poucos amigos, de oculos escuros e um enorme copo da starbucks na mão.
Realidade : qualquer pessoa sabe que pegar fama de pinguço no escritorio é a pior coisa que tem. Logo, se um dia deu uma exagerada, mantém a melhor postura profissional do mundo, chegando no horario, e trabalha normalmente. No maximo se alguém falar que você parece cansado, diz que dormiu mal pq ta ficando gripado.
Filme : aquele homem escultural aparece de armadura em cima do cavalo, grita para a sua tropa palavras de coragem com seus dentes lindos brancos e cabelo bem arrumado, e eles partem pra batalha.
Realidade : fedor, fedor, dente podre, cabelo seboso, fedor, fedor, sangue, fedor, dente podre, fedor, sangue, sangue, fedor, sangue, fedor.
Filme : todo mundo é incrivelmente bem sucedido financeiramente e as apostas mais banais sao sempre nivel "I bet a hundred bucks!"
Realidade : olha, se eu perco a hundred bucks à toa, isso desmorona meu budget mensal. no mundo real, as apostas sao no maximo "aposto uma breja!!".
Filme : a mocinha se arrepende de ter dado um pé na bunda do mocinho, descobre que ele decidiu aceitar um emprego em Chicago, e corre pro aeroporto, pula por cima ou por baixo dos agentes de segurança, chega correndo na sala de embarque para pedir pro mocinho nao ir embora e dizer que o ama.
Realidade : na hora que ela tentasse invadir a sala de embarque, os agentes do segurança iriam neutraliza-la com aquela maquina de choque, ela seria levada pra uma salinha obscura, interrogada e acusada de terrorismo, e ir parar em Guantanamo.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Mmmbop
O tempo passou e eu esqueci da existência do tal grupo.
Eis que eles deram um ressurgida no ultimo clipe da Katy Perry, e OLHA, nao vou mentir :
Eu ainda pegava, viu. Tão nada mal.
Oi, Taylor, lembra de mim?
Sobre a capa do livro
Todo mundo tem, ninguém assume, mas sempre que somos vitimas, nos revoltamos.
Nada mais feio que julgar alguém antes de conhece-lo.
Mas a intençao hoje aqui nao é polemizar, e sim falar sobre aquele preconceito "inofensivo" que todos nos sentimos. Nao to falando de preconceito contra as minorias, que podem até gerar crimes, mas daquele pré-julgamento bobo que todos nos fazemos quando acabamos de conhecer alguém. E fato: quando alguém te apresenta um amigo, um namorado, um o que quer que seja, você automaticamente ja faz alguma idéia daquela pessoa, so pela aparência dela. Se essa idéia vai se confirmar ou se mostrar totalmente equivocada, so o tempo dira. Você so nao pode deixar que esse pré-julgamento te impeça de conhecer a pessoa de fato.
Lembro na minha adolescência, sempre que fazia amigos novos no colégio, depois de um tempo eles comentavam "nossa, primeira vez que te vi achei que você seria daquelas loirinhas frescas, tipo patricinha, mas você nao é nada disso". Pois! Quem nao tem habito de julgar um livro pela capa, pelo menos de vez em quando, que atire a primeira pedra.
Eu tbm faço meus pré-julgamentos, e tem gente que so de olhar, eu ja vejo que o santo nao vai bater mesmo. Nada contra, nao me acho melhor que ninguém, to super ae pra conhecer meio mundo e quero mais é que todo mundo seja feliz, mas tem alguns estilos que eu ja sei logo de cara que nao vai rolar uma empatia:
Os bicho-grilo :
Se eu vejo aquela menina vestindo aquela calça enorme estilo hippie, com um brinco de coco e uma boina de lã, ou aquele cara de barba e cabelo estilo Raul Seixas, que anda por tudo com um violão e uma mochila escrito TRINDADE nas cores da Jamaica e um chinelo de couro cru, eu ja sei por antecipaçao : nunca seremos grandes amigos.
Simplesmente porque eu vou querer falar sobre o ultimo filme do Woody Allen, sobre o ultimo clipe da Lady Gaga ou sobre aquela balada eletrônica otima, e a pessoa vai querer falar sobre a terra, o céu e o mar, onde todos somos irmãos em uma so vibe pelas mãos da mãe natureza, ameaçada pelo capitalismo das babilônias de pedra (ou insira qualquer outra letra do Natiruts aqui). Interesses distintos, e pronto.
Gota d'agua pra inamizade : quando você falar que trabalha com marketing, ele vai te olhar com um ar de superioridade, afinal ele esta muito acima desse conceito de materialismo.
As tudo-igual :
Veja bem, tem dias em que eu quero falar sobre assuntos idiotas, como as ultimas fofocas do Ego, e tem dias em que eu quero falar sobre coisas mais sérias, como crise econômica, legalizaçao do aborto ou o mercado de trabalho. As tudo-igual sempre tem o mesmo assunto : a vida social. Dialogos tipo: "Ai, o Rô nao me ligou ontem antes de ir pra Disco, eu fiquei possessa" "Jura? A Mari Andrade me disse que o Rô acabou saindo com a Pri Freitas, mas eu achei que ela tava ficando com o Bru." sao a unica coisa que elas sabem conversar. Homem é o centro da existência das tudo-igual, aos quais elas so se referem por apelidos, pra forçar a intimidade. Elas sao tudo-igual porque absolutamente todas têm EXATAMENTE a mesma aparência : os cabelos lisos, com luzes loiras, e pra balada (outra razao da existencia delas) sempre vao bem maquiadas, de calça jeans, top colado e salto alto, e se olham no espelho absolutamente todas as oportunidades possiveis. Sao aquelas que brigam com as amigas quando estas postam alguma foto em que ela esta feia no facebook, afinal, ela so pode ter fotos dela sorrindo e linda, pra mostrar o quanto ela é feliz. Afinal, o Dudu (cara que ela beijou duas vezes na balada) precisa ver o que ele perdeu quando decidiu namorar com a Tati. São as primeiras a bravejar "sua inveja faz a minha fama", mas no fundo são as que mais se preocupam com o que os outros pensam delas.
Preguiça.
Gota d'agua pra inamizade : ela sempre te chama "amiga". E eu nao suporto gente que fala "aaaai, amigaa, nao acredito!". Nao sei porquê, acho que emana falsidade. Minhas amigas proximas eu chamo de cabeçao, vadia, xuxu, quenga, e outros apelidos carinhosos.
Os religiosos :
Apesar de eu nao me atrair por um religiao nenhuma, acho bonito e importante ter uma. Fé é uma das coisas que nos faz avançar e isso é fato.
Isso esclarecido, eu fujo daquelas pessoas muito religiosas. Muito religiosas, no meu conceito, é aquela pessoa cujos unicos programas sociais sao ir à missa, ao encontro de jovens da igreja, ao aniversario do povo da igreja, à festa junina da igreja... Sao aquelas tipicas pessoas que so usam camiseta do Smilinguido, ou de uns rostos bizarros de santos ou uma pomba sob um raio de sol. Sao aquelas que no facebook so postam passagens da Biblia, e nas raras vezes em que estao bravas, em vez de falar um sonoro "putaqueopariuvaisifudê", falam algo tipo "Deus vai me dar forças a vencer esses obstaculos".
Nao, obrigada.
Gota d'agua pra inamizade : se algum raro dia na vida ela aceitar ir no bar com você, ela vai pedir um suco de laranja ou uma sprite.
Goticos, emos, heavy metals, alternativos :
Simples casos de interesses distintos.
"O senhor é meu pastor" quer te adicionar no Facebook. Aceitar?
( ) sim ( ) de jeito nenhum
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Trône de fer
Acompanho uns noventa ao mesmo tempo, seja de comédia ou de drama.
Mas né, verão no hemisfério norte tae (quer dizer, menos em Paris, onde ta chovendo e fazendo frio desde domingo), e com isso todas as minhas amadas séries entraram de férias.
O que fazer nesses meses interminaveis de pausa?
Descobrir séries novas, é claro, que é pra se enterrar ainda mais no vicio.
E eis que tava todo mundo falando de um tal de Game of Thrones, então eu pensei: pourquoi pas? afinal, curto bastante historias da idade média.
Olha, coisinha do inferno, viu! Logico que assisti a primeira temporada toda em tempo recorde, e agora estou desolada porque tenho que esperar séculos até o começo da segunda temporada.
Nao seja por isso.
Editora "J'ai lu" é uma mãe, sempre lança livros em versão de bolso à preços modicos, e tem a coleçao completa do Game of Thrones em francês (ja que a essa altura do campeonato, é muito mais confortavel pra mim do que inglês).
Ja encomendei os dois primeiros por simpaticos 14 euros e fiquei toda animadinha.
Eu vejo que nao sou uma mulher normal quando comprar livros me deixam mais empolgada do que comprar roupa ou sapato.
Livrarias: me levando à falência desde que eu recebi minha primeira mesada.
Cenas parisienses
Comum é encontrar gente falando sozinha no metrô. Mas nao falando sozinha do tipo de você ver a boca da pessoa se movimentando porque ela ta falando com ela mesma (coisa que eu mesma sempre faço), é gente batendo o maiooor papo com o nada, com o amigo imaginario. Rola até uma argumentaçao tipo "é sério, você nao acredita?? te juro!"
Acontece também de você ver uma pessoa xis atravessando a faixa de pedestres de costas, fazendo moon walking. Normal.
Ontem tava no supermercado, esperando linda leve e loira na fila, quando vejo uma dessas cenas bizarras.
Um tiozinho do supermercado carregou pra rua aquelas lixeiras enormes, quadradonas, com rodinhas. Na hora, uma chinesa voou na lixeira e começou a revira-la pra ver se encontrava algo (pra comer, pra revender, vai saber).
Eis que uma negona enorme aparece, da uma mega bundada na chinesa, fazendo a bichinha voar pra longe, e começa a revirar a lixeira também.
A chinesinha ficou possessa, e começou a xingar a negona de tudo quanto é nome (deduzo eu, né, pq ela tava falando em chinês).
A negona também começou a xingar a chinesa, de nomes que eu nao repetirei aqui em respeito à educaçao que me foi dada...
Eis que a chinesa revirou seu carrinho de tranqueiras e tirou um alicate la dentro.
Sim, um alicate daqueles tipo de eletricista, ou seja, SEM PONTA.
E começou a ameaçar a negona, que por sua vez, começou a fazer um escandalo:
-Essa louca tem uma facaaaaaaa!!! Essa louca quer me furaaaaar! Chamem a policia!!!! Ela vai me furar, aaaaaah!!
Maldade à parte, o povo na fila começou a rir. A negona podia ficar com medo de, sei la, a chinesa arrancar um dente dela com esse alicate, mas furar?
Até que o funcionario do supermercado resolveu botar a lixeira de volta pra dentro, e acabar com o espetaculo, enquanto a negona continuava gritando "chamem a policiaaaaaaaaaa!!" e a chinesa circulando ela, dando umas cutucadas com o alicate.
O mundo é mesmo fascinante.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Sobre o "feliz dia de.."
Semana passada, o facebook também estava inundado de "feliz dia do rock!".
Sem falar naquele infame "feliz dia do beijo", que eu nao lembro nem quando é.
Eu pessoalmente so desejo "feliz dia de alguma coisa" quando essa data faz alguma diferença na vida.
Aniversario é uma data especial. Por mais que você esteja ficando mais velho, é uma oportunidade de reunir todos os amigos e celebrar: logo é uma data feliz, e nada mais apropriado do que desejar um "feliz aniversario".
Natal entao nem se fala. Reunir toda a familia é algo que nao tem preço.
O reveillon marca mais um ano que começa, e se você tem 365 dias pela frente, acho super valido desejar um "feliz ano novo".
Agora cretinice é virem me desejar "feliz dia do publicitario". Vem ca, no que que isso muda a minha vida? Eu falo o quê? "Obrigada por me felicitar pela profissao que eu escolhi"????
Quer me ver revoltada, me deseja um "feliz dia da mulher".
Ok, eu entendo o lado simbolico da data, que marca todas as conquistas femininas em busca da igualdade, etc, etc.
Mas do que adianta desejar "feliz da mulher" e dar uma rosinha, e no dia seguinte, tudo continua na mesma? As mulheres continuam recebendo salarios mais baixos que os homens pelo mesmo trabalho. Mulheres que nao reunem em si o combo "esposa perfeita + mãe perfeita + profissional perfeita + corpo perfeito" continuam sendo consideradas fracassadas, enquanto um homem que tem apenas um item da lista de "perfeitos" ja é considerado um exemplo.
Ou ainda o dia dos pais, dia das mães e dia do amigo. Se você precisa dessa data pra se lembrar dos seus, alguma coisa ta errada ou eles nao sao la tao importantes pra você.
Dizer "eu te amo" pros pais deveria ser um habito, e nao algo que acontece uma vez por ano porque o shopping te lembrou.
Se for seguir essa logica, acho injusto na semana passada dia 13 terem falado tanto do dia do rock, e terem esquecido do coitado do Engenheiro do Saneamento. Afinal, se você pode dar a descarga em paz depois de fazer as suas necessidades e nao joga-las pela janela como na Idade Média, você deveria agradecer à pessoa que tornou isso possivel.
Aindo seguindo essa logica, dia 23 de dezembro, nao se esqueça de dar um abraço na pessoa que mora ao seu lado, e deseje de coraçao "feliz dia do vizinho!". Afinal, se sua casa pegar fogo, é ele provavelmente que ligara pros bombeiros (profissao cujo dia foi 02 de julho e nao vi ninguém lembrar).
E dizer "tive um dia de cão hoje" esta completamente errado. Dia do cão é 04 de outubro, e só.
Dia 12 de novembro, quero ver o facebook lotado de "feliz dia do supermercado!!" e dia 09 de outubro cheio de "Feliz dia do açougueiro!", hein?? Se você nao precisa sair caçando o seu franguinho pelo campo, você deveria ficar feliz pelo lugar e pela pessoa que te oferece a penosa ja pronta pra colocar na panela.
Enfim, tudo isso pra dizer que é super valido ter uma data simbolica sobre profissoes, pessoas, etc. Se elas fizeram algo de importante, nada mais justo do que ter um dia pra chamar de seu. Agora, antes de desejar um "feliz dia dos namorados", pense: eu trato bem o meu ser amado no restante do ano?
Nem eu. Eu so quero minha Guinness.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Mr. Walker and Mr. Wheeler
Apesar de super antigo, acho que o desenho é cada vez mais atual.
Os engarrafamentos nao fazem que crescer, e os motoristas, que normalmente sao pessoas normais e controladas, viram um verdadeiro poço de stress e de falta de respeito.
Eu, que na França virei uma pedestre inveterada e dirigi apenas exatas cinco vezes nos ultimos dois anos e pouco, vejo que o desenho é a mais pura realidade. Porque justamente ja tive do outro lado, morando 6 anos em Sao Paulo, e sentindo na pele a tortura psicologica que o trânsito faz com a mente de um motorista.
Enquanto pedestres, reprovamos tudo aquilo que fazemos exatamente igual quando dirigimos. Vemos claramente à transformaçao das pessoas em Mr. Wheelers.
Vejo direto aqui em Paris carros que, nos engarrafamentos, param em cima da faixa da pedestre fazendo a multidao ter que contorna-lo. Pra quem ta dirigindo, "nao é tao grave assim" fazer o povo dar uma voltinha no carro e andar dois metrinhos a mais. Mas é logico que, pra ele, parar esses mesmos dois metrinhos pra tras é inaceitavel, é como se os dois metrinhos virasse um quilometro.
Para quem dirige, perder 30 segundos no semaforo realmente parece o fim do mundo. Parece que a vida nao tem mais sentido. Afinal, pra quem ta no engarrafamento ha uma hora e meia, realmente qualquer segundo parece um século.
Logo, vou avançar no amarelo afinal eu é que nao vou ficar parada atras do semaforo. Mesmo que isso signifique continuar parada dali dois metros, fechar o cruzamento e nao deixar as pessoas do outro sentido passarem. Você vira a cabeça pro outro lado pra nao ver os outros motoristas te xingando, e finge que nao é com você...
Agora, se algum cretino fechar o cruzamento e nao deixar VOCE passar, ai sim vira crime digno de pena de morte por fuzilamento. "E o cretino ainda olha pro outro lado, e finge que nao é com ele, olha la!!"
Sao Paulo me ensinou isso direitinho.
Deixar o outro passar na minha frente?? Jamais!! Senao eu chego em casa 20 segundos depois!
Eu vou é ir enfiando o bico do carro até esse onibus nao conseguir passar na minha frente. Dane-se que tem 40 pessoas em pé esprimidas dentro dele. Pessoas que, assim como eu, so querem ir pra casa. Problema delas.
Essa semana, vi uma cena que me deixou perplexa: com o sinal verde pra pedestres, um casal de velhinhos com bengala começou a atravessar a rua. Lentamente, claro. O sinal de pedestre fechou, ficou verde para os carros, e os velhinhos ainda tavam no meio da rua. O segundo carro da fila começou a buzinar, puto da vida, pra que os velhinhos acelerassem e fizessem "o favor" de sair da frente, pq "ele tava com pressa".
Fiquem imaginando o que aquele motorista sentiria se visse os pais velhinhos dele levando buzinada na orelha tbm.
Os motoristas dao a impressao de que você, pedestre, deve sempre deixa-lo passar. Dane-se se você ta na chuva, tentando equilibrar um guarda-chuva no vento e uma mala, e que o motorista ta sequinho dentro do carro dele. Você tem que espera-lo e pronto. Acho que os motoristas têm a logica de que, se você ta a pé, é pq ja ta perto da sua casa ou do seu trabalho, logo tem menos urgência.
Entao, essa é uma das razoes por eu amar tanto Paris. Aqui você chega em qualquer canto da cidade de metrô, e consegue (na maioria das vezes) planejar quanto tempo isso vai levar.
Nao que isso queira dizer que a cidade nao tem transito. Na verdade, acho que os engarrafamentos parisienses nao devem em nada aos paulistanos, tanto em tamanho quanto em quantidade de xingamentos e buzinas.
Mas se eu tenho a opçao de ir pra qualquer lugar lendo meu livro no metrô, sabendo que eu chego dali exatos X minutos e nao xingando meio mundo nos engarrafamentos, eu é que nao abro mao disso, mesmo se eu va esprimida. Se eu tenho a opçao de ir pro meu happy hour de metrô e poder tomar minhas pintes tranquila sem me preocupar com Lei Seca, eu prefiro mesmo.
Claro que sempre fica um pouco de Mr. Wheeler em mim, e eu amaldiço mentalmente aquele cidadao que nao toma banho e ta cheirando a CC às sete da matina, ou aquela mãe que insiste em vir com aquele carrinho de bebê enorme bem na hora em que o metrô ta mais cheio.
Enfim, a grande ironia é essa: que viver em grandes civilizaçoes acaba te fazendo perder teu lado civilizado.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Amor de verão nao sobe a serra
Lado praia : Foi amor à primeira vista quando você viu Jonat’ na loja da praia comprando oleo bronzeador. Depois de uma conversa rapida, ele te propoe de comparar os bronzeados e de sentir o seu biceps. Um dia na praia com ele é o paraiso : vocês passeam juntos, ele te carrega até o mar (o que cai bem, você pesa 60 kilos, assim como a barra de musculaçao dele!), vocês nadam... (ele nada até a boia e você cronometra...)
O « jamais-sem-meus-amigos »
Lado praia : Franck, é o rei do Axé Moi ("mumba" no texto original, mas insira ali o nome de barzinho hype de praia que você quiser, rs) : presente no quiosque da manhã até à noite, ele cumprimenta as garçonetes com beijo no rosto, da conselhos para os turistas sobre os coqueteis e tem a sua "mesa de sempre". Esse lado extrovertido, empolgado e animado te atraiu. E quando ele te ofereceu um « Le Francky » (vodka, framboesa, kiwi), ele te conquistou!
Lado cidade : uma vez que vocês reestabeleceram contato, vocês marcam um encontro : você se veste com o seu frente-unica mais fino para encontrar o Franck que te chamou pra jantar... no Axé Moi ! Depois, você vao tomar um drink... no Axé Moi. Depois, um passeio pela praia, na frente do Axé Moi, e depois vocês vao pra casa dele... na frente do Axé Moi. E até o pão na chapa de manhã é no Axé Moi.
Lado praia : é preciso admitir, você ficou observando Philippe por um tempo antes de falar com ele : bronzeado uniforme, corpo naturalmente firme, cabelos meio longos, ele te chamou atençao! Seus olhares cruzaram quando vocês repararam na mesma pedrinha (porque sim, Philippe presta atençao em cada pedra da praia, faz carinho nela e a devolve para a terra. Faz parte dos seus instintos).
Lado praia : quando vocês se beijavam, Philippe te encheu de areia (na hora, você achou que era pra te esconder de um grupo que faziam trilha perdidos). Depois, quando vocês passeavam na cidade, ele parava diante de cada matinho ou arbusto. Quando ele reverenciou uma composiçao floral na praça da cidade, agradecendo a « Mãe Gaya », você se desesperou... Mesmo com uma ponta de duvida, você acabou aceitando de ir jantar com ele à noite. Mas foi quando ele bateu no vendedor paquistanês de rosas e tentou replantar as flores na jardineira, você viu que era o fim."
Nao se engane com esse rostinho bonito...
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Sobre os ensaios de gravidas
Nao entendo o porquê de francês ser tão aficcionado em salsa, nao entendo como é que tem gente no mundo que nao gosta de cerveja, nao entendo como é que tem gente que é fã de ex-BBB e ainda tatua o nome deles, nao entendo gente que acorda as seis da matina pra ir malhar antes do trabalho...
Mas acima de tudo, eu nao entendo como é que alguém pode achar bonito aqueles ensaios fotograficos de gravida.
Intolerancias à parte, eu acho a coisa mais horrenda e brega do universo, e nao me cabe na cabeça que alguém realmente ache isso bonito.
Ok, ok, nunca se sabe o dia de amanha, e um dia se eu engravidar, eu posso até pensar "nossa, tenho uma idéia otima!! vou me imortalizar nesse corpo rechonchudo com a barriga parecendo que eu comi uma melancia inteira e com esses braços de lavadeira e com esse rosto parecendo uma bolacha trakinas num ensaio fotografico!!"
Sim, um dia quem sabe.
Mas enquanto essa idéia é uma muito longiqua possibilidade, continuo afirmando que o mundo atingiu o limite do brega com esses books gravidos. Sem falar nas poses top less, com o braço cobrindo os peitos. Odeio a Demi Moore por ter lançado essa idéia ao mundo.
Mas essa minha aversao toda tem dois motivos.
Primeiro: gravidez nao é bonito.
Todo mundo fala que uma mulher gravida "nunca esteve tao linda", "que ela tem um brilho especial", "um brilho nos olhos", etc etc. Isso pra mim é papinho pra tentar consolar a coitadinha que ta uns 15 quilos acima do peso e vai levar um ano de dieta rigida pra perder isso, que ta com os pés inchados, varizes e uma dor nas costas sem igual. E quando o bichinho sair, vai deixar de souvenir umas belas estrias e ainda vai sugar um liquido branco do peito da coitada até ele (o peito) rachar.
Falem o que quiser, mas isso nao é bonito.
O segundo ja ficou bem obvio: eu acho que gravidez é uma coisa bizarra.
Ter um ser vivo se formando dentro de você nao me parece ser nada normal. Acho que a natureza nao tava la mto atenta quando adicionou isso no "modus operandi" da procriaçao mamifera. Toda vez que eu vejo uma gravida me da aquele irgh de "euh, tem uma coisa viva que se mexe ai dentro".
Pois é, tem gente que acha bonito e quer encostar. Eu quero mais é que essa gravida vire essa barriga de bola de yoga que contém um gremlin pro outro lado.
Podemos dizer que é aquela fobia à coisas bizarras: tem gente que tem medo de palhaço, tem gente que tem medo de papai noel, eu tenho medo de gravidas. Pronto.
Jogos mortais e Exorcista é para os fracos. Quer me ver aterrorizada faz um filme cheio de gravidas psicopatas esquartejando pessoas numa cidade abandonada.
Sensatas sao as aves que têm descendentes através de ovos.
Tirando a parte de ter que expelir o ovo, esse processo nao é mais pratico? Ninguém engorda, ninguém precisa carregar ninguém durante meses e meses... E na hora que o bichinho quer nascer, basta dar umas bicadinhas e botar as asinhas de fora, e no dia seguinte ja ta sem frescura comendo minhoca. Muito mais bonito que um bebê saindo com um monte de sangue pelas suas partes baixas.
Vejam bem, nao to discutindo que ter filho seja uma coisa maravilhosa, abençoada, que mude a sua vida pra melhor, etc etc. Mas dizer a parte "bolo no forninho" é uma experiencia maravilhosa me parece, no minimo, propaganda enganosa.
Bons sonhos, Juliana...
terça-feira, 28 de junho de 2011
Findi cultural 4
A franco-israelense Yael Naim:
E a musica original do belga Stromae, daquele remix que ta tocando em tudo quanto é balada depois de um século:
Enfim, nada melhor que ouvir um monte de musicas fantasticas, num clima legal. E ainda por cima com o patrocinio da marca do leaozinho, rs.
Se fosse pra escolher, realmente "The Joy Formidable" foi o melhor show de todos. Eles tocaram a "minha" musica (do video que ta mais abaixo aqui no blog) e interagiram muito com o publico. Aprovado :)
Findi cultural 3
Olha, o festival ta super aprovado!!
Super bem organizado, publico civilizado, nao virou zona em momento algum.
Descobri umas bandas OTEMAS:
Aaron: dupla francesa que tem uma batida meio Coldplay:
John Butler trio: como o nome diz, um trio liderado por um australiano chamado John Butler, que, unha comprida nojenta à parte, toca pra caraio!
Shaka Ponk: grupo francês muito bom, com uma otima presença de palco!, um prato cheio pra quem curte electro-rock:
(e um baterista tudibom, by the way)
Philippe Katerine: o mais hilario de todos, com umas musicas muuuuito sem noçao. Morro de rir até agora com as letras e com o figura hahaha
"Coloque o seu bigode..."
"Me deixe comer minha banana peladão na praia..."
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Findi cultural 2
Esse é um festival de musica, em prol do combate à Aids, e tem varias bandas pouco conhecidas porém super interessantes.
E como Peugeot é uma mãe, ganhei ingresso pra ir hoje à noite, levando um amigo, e amanha vou colar bota no ingresso que outra estagiaria ganhou pra ir de novo.
Hoje a idéia assistir The Joy Formidable e Cold War Kids:
Sobre o celibato
To naquela fase da vida em que eu nao to procurando ninguém, mas né, se aparecer o meu galã da novela das 8, que mal tem? Ou seja, como ja dizia um bêbado sabio : enquanto nao acho o certo, me divirto com os errados. E sempre digo que a minha melhor companhia sou eu mesma.
Anyway, sempre me falavam da "pressao da sociedade", que, depois dos 25 anos, incomoda uma pessoa solteira até ela sentir que realmente estar solteira é comparavel à estar contaminada pelo ebola. E ha algum tempo, tenho começado a notar que essa pressao existe.
Ou melhor, nao diria pressao, e sim uma "pena". Quando você responde "nao" à pergunta "e você, tem namorado??", as pessoas te olham como se você fosse uma coitada que vai viver forever alone e virar um cat lady. eles fazem uma cara de pena mais ou menos assim:
Se você comenta que nao vê problema em estar solteira, e que por sinal, anda curtindo isso, eles fazem a mesma cara, no melhor estilo "keep telling yourself that...".
Isso porque na França, namorar é a coisa mais comum do universo. Aqui nao existe aquela coisa de ficar saindo algumas semanas ou meses, dai se rolar uma quimica legal, tem aquela perguntinha à la programa televisivo de namoro "você quer namorar comigo?".
Nao, nao, aqui você sai duas ou três vezes com um cidadao e vocês ja estao namorando. Nao existe nem sequer uma conversa sobre isso, é automatico e quando você vê, o cidadao ta te apresentando pros amigos como "essa é minha namorada". E você pensa "mas hein?? eu nao recebi esse memorando". Anyway, é cultural. Por isso, depois dos 20 anos de idade, 80% da populaçao esta namorando.
Enfim, nos meus circulos de amizade, praticamente todo mundo tem seus namorados e namoradas. Logo, eu viro a tiazona encalhada, e o ambiente é propicio pra eu ouvir as frases de casais que eu mais odeio na humanidade (mas nao culpo ninguém, eu mesma devia lançar umas dessas quando tava comprometida):
Frase : "Uma amiga chamou pra sair na sexta, eu até queria, mas meu namorado nao deixa / nao quer que eu saia sozinha".
Minha resposta mental : Voltamos aos anos 50 e ninguém me avisou.
Frase : "Sabado eu nao posso sair, o Fulano precisa acordar cedo no domingo pra uma prova / ir trabalhar"
Minha resposta mental : que pena pra ele.. mas eu chamei VOCE pra sair, nao ele.
Frase : "Mas todos os seus namoros terminaram pq vc mudou de cidade? Porque você nao tentou um relacionamento à distancia?? Eu so vejo meu namorado a cada dois meses."
Minha resposta mental : bom, se você chama 'se ver a cada dois meses' de relacionamento, sem saber se algum dia vocês vao morar na mesma cidade, bom pra você.
Frase : "O Fulano tem um amigo que é a sua cara, a gente precisa marcar um double date!"
Minha resposta mental : WARNING, WARNING!! Furada detected!!
Minha resposta real : prefiro fazer uma endoscopia dançando mambo.
Frase : "Eu nao gosto muito dela, mas antes isso do que ficar sozinho"
Minha resposta mental:
"ô, coitado..."
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Findi cultural
Nesse meu final de semana, to toda cultural.
E a programaçao de hoje é o musical "Hair", cujo ingresso paguei 20 euros camaradas através do Groupon.
"Hair tells the story of the "tribe", a group of politically active, long-haired hippies of the "Age of Aquarius" living a bohemian life in New York City and fighting against conscription into the Vietnam War. Claude, his good friend Berger, their roommate Sheila and their friends struggle to balance their young lives, loves and the sexual revolution with their rebellion against the war and their conservative parents and society. Ultimately, Claude must decide whether to resist the draft as his friends have done, or to succumb to the pressures of his parents (and conservative America) to serve in Vietnam, compromising his pacifistic principles and risking his life."
Beijos, fui!
UPDATE:
Realmente o musical é muito bom!
Nao é aquela super produçao estilo Broadway, mas é engraçada e bem trabalhada.
Achei uma representaçao otima da revoluçao hippie dos anos 60. Curti!
Fazendo amigos
Fazer amizade com os locais é complicado, pq né, a pessoa morou la a vida toda entao ja tem seu circulo de amigos ha séculos, e nao ta la mto interessada em ficar conhecendo meio mundo, o que é compreensivel. Fazer amizade com brasileiro é mais facil, mas tbm nao é tao evidente assim, afinal eu sou do lema "se tal pessoa nao seria minha amiga no brasil, nao tem pq ser aqui" e acho que nao é so pq temos a mesma nacionalidade que a gente precisa se dar bem.
Resumindo, meus circulos de amizade acabam se renovando a cada seis meses em média. Dos que eu conheci quando cheguei, devo sair ainda com uns dois ou três.
Anyway, tudo isso pq esses tempos atras descobri uma das maravilhas da internet! O "on va sortir" (ou seja, "vamos sair"). O site é tipo uma rede social, separada por regioes, onde varias pessoas propoem coisas pra fazer. Vai desde correr no parque as 7 da matina até sair pra balada como se nao houvesse amanhã. Você faz seu perfil e se inscreve nas saidas que te interessam (todas elas tem um numéro maximo de pessoas, que é pra nao virar um bordel).
Tenho feito algumas saidas pelo site, e tenho me divertido horrores. Ja até formei "o meu grupinho", e combinamos umas noitadas por fora do site.
Pra quem quer caçar coisa pra fazer, é uma otima opçao, você pode arranjar programaçao pra semana inteira.
Pra quem ta morando no hexagono, fica a dica :)
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Bizarrices da vida
"A dona de casa Fabiana Clarim Ferreira, de 18 anos, diz que só descobriu que estava grávida quando o filho nasceu neste fim de semana em Atibaia, cidade do interior de São Paulo. Ela conta que passou nove meses sem sentir qualquer sinal de que havia uma criança em sua barriga - até ela nascer, no banheiro de sua casa.
Ela afirma que estava com o marido, Edmar Rodrigues dos Santos, na casa de uma tia, para celebrar o aniversário de 1 ano do outro filho, quando decidiu ir embora apór sentir fortes dores nas costas
“Tomei um banho, tentei dormir e fui ao banheiro. Aí senti uma dor muito forte nas costas. Sentei no vaso e fiz força. Saiu algo e chamei meu marido pra ver”, conta Fabiana. “Rapidamente percebi que era uma criança. Corri, peguei ela pela perninha, ergui, dei uns tapinhas na bunda da criança, e ela chorou”, relembra o Santos.
Segundo Fabiana, depois de dar à luz, ela ficou por 15 minutos debaixo do chuveiro com água quente para manter a temperatura do recém-nascido. Com a chegada dos bombeiros, a mãe e o bebê foram levados até a maternidade da Santa Casa de Atibaia. Eles passaram dois dias no hospital. A criança nasceu aos 9 meses, com 3,5 kg e 48 centímetros.
De acordo com Fabiana, três meses após ter o primeiro filho ela começou a tomar anticoncepcional. E diz não ter percebido que estava outra vez grávida. “Minha barriga não cresceu. O que inchou foi meu estômago. Não tive enjoo nem nada. E o bebê não mexia."
O médico Jorge Santos, que atendeu Fabiana na maternidade, acredita ser difícil alguém engravidar sem perceber mudanças no corpo. “Provavelmente ou ela tomou a medicação errada, ou começou a tomar a medicação já grávida. É estranho, mas temos que acreditar”, diz o obstetra."
Nao, nao é o fato (bem inacreditavel) dela nao ter percebido que tava gravida.
Nao, nao é pelo fato dela ter 18 anos, e ja ter um marido e outro filho.
E sim... "Saiu algo e chamei meu marido pra ver"
Ela fez força no vaso e chamou o marido pra ver o que tinha saido e depois percebeu que era um bebê???
"Chamei meu marido pra ver"???
Mas hein??
Intimidade é uma merda mmo.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Cinemateca
O primeiro foi o " X-men: le commencent", que conta a historia de como titio Magneto e titio Professor X apareceram no mundo.
Otimo filme, bem feito. Achei a historia super interessante, principalmente do Magneto, e bem trabalhada.
No começo achei a coisa meio brega, mas foi so lembrar que a historia se passava nos anos 60 e deixei quieto. Achei legal como mostraram a amizade dos dois, onde eles se dão bem, mas tem motivaçoes claramente diferentes na vida.
Por falar em Magneto, meu lado adolescente decidiu que Michael Fassbender é o meu mais novo amor eterno amor verdadeiro.
Me chama de metal e me atrai, seu lyndo!!
O segundo foi o argentino "Medianeras".
O filme é uma historia de amor, mas o que deixa ele tao genial é que ele é... simples.
Je falei aqui sobre meu odio por comédias romanticas americanas, onde tudo é tao forçado e previsivel, com aquele final manjado com alguma loucura absurda pelo ser amado.
"Medianeras" é justamente o contrario. A historia é simples, os dois personagens sao tao reais quanto eu e você, com seus defeitos, neuras e qualidades... Eles tentam se acertar com outras pessoas, mas não, simplesmente não da certo. E quando eles acabam juntos, você se pega na frente da tela fazendo aquele "nhaaaaim" com um sorrisinho.
Filme fofo! Quero o DVD.
"True love will find you, in the end..."
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Francês em 1 palavra
Ta querendo vir pra França trabalhar ou estudar, e ta pensando "mas eu vou ter que aprender todo um idioma..."??
Bom, esse video SENSACIONAL te ensina a falar francês com 1 so palavra.
Eu me matei de rir, porque é EXATAMENTE isso:
Podemos dizer que é o equivalente ao "fod*" brasileiro.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
A ressurreiçao dos pepinos assassinos
Parece que tinha uma bactéria evil se escondendo em alguns pepinos, e três pessoas morreram por causa disso.
E olha, na minha opiniao, acabaram que achar a bactéria mais perigosa da historia da humanidade.
Perigosa porque??
Veja bem!
Você chega em casa, morto de fome.
Você abre o armario e da de cara com aquele belo pacote XXL de batata chips, que cairiam muito bem com aquele litro de coca zero geladinha.
Mas não!!
Você faz um esforço, pensa na saude e na sua boa forma, e diz solenemente: vou resistir à tentaçao, e comer um pepininho esperto!!
E bam!!
Você morre.
Pelo simples fato de que você foi consciente e trocou as chips gordurosas (que claro, vao entupir a sua artéria e te matar um dia, mas isso vai demorar mais do que essa bactéria maldita) por um pepino light e saudavel.
E a motivaçao pra ser um ser mais saudavel, onde fica??
E você ai, resistindo à mim...
Silence!! I kill you!!
UPDATE: A bactéria maligna fez DEZESSEIS vitimas até agora. Uau. Todo mundo aderindo à dieta batata chips agora.
Tree of Life
Mas sabadao fui assistir o tão falado Tree of Life, que ganhou a palma de ouro em Cannes.
Reza a lenda que é um filme "sobre a vida", mas eu fiquei meio boiando...
Teoricamente, fala sobre a historia de uma familia americana nos anos 50, com uma mãe ingenua e meiga, e um pai autoritario (Brad Pitt, que parece que nao deixar de ser lindo jamais). Mas na verdade, eles mal aparecem...
Dialogo mesmo, nem sequer rola, so umas frases soltas... tipo "A vida... A luz..." Dai entra umas cenas de volcao, ou de geleira... Hein??
Pior foi uma vibe Jurassic Park, que ficou aparecendo uns dinossauros durante uns cinco minutos do nada, e eu fiquei pensando "mas hein??"
Sean Penn tbm foi super anunciado nesse filme, e ele aparece coisa de uns 2 minutos, e nao fala... uma palavra sequer.
Me senti assistindo aqueles filmes intelecto-incompreensiveis dignos do Museu Pompidou, onde ficam uns 5 minutos na cena de uma plantaçao balançando ao vento. Ai do nada aparece a mãe da historia, e uma voz sussurra "brother... father...", dai aparece uma cena de deserto... Mas hein??
O mais bizarro é que nao achei o filme ruim. As partes que eu entendi eu achei geniais. A trilha sonora então é simplesmente fantastica, sem palavras!!
Mas uma boa metade das cenas eu fiquei meio viajando...
Entao a unica opinião que eu consigo ter sobre esse filme é: mas hein??
Sean, me explica???
segunda-feira, 2 de maio de 2011
E morre o campeão mundial do pique-esconde
Foi com alivio que eu li que o poderoso chefão da Al Qaeda foi pro brejo.
Vejam bem, eu detesto americano, quero que todos se explodam naquele paisinho de merda que se acha o dono do mundo e fica falando em "vingar as mortes de inocentes", sendo que eles mesmo provocam por ano muitas mortes do que as de 11 de setembro. Da invasao injustificada ao Iraque ninguém mais fala, né?
Mas também nao me agrada um "lider" que acha que qualquer um que nao seja muçulmano merece uma bomba na cabeça, e principalmente que acha que mulher é a culpada de tudo, merece andar toda coberta e so serve pra parir filho (e filho homem, pq se for mulher, leva chibatada, meu bem).
Enfim, essa perseguiçao toda foi uma coisa meio WIN x WIN. Se o Bin Laden fosse pego, otimo. Se continuasse botando o terror naquele povo obeso, otimo também.
Ok, otimo que ele bateu as botas. Mas so nao to entendendo todas as comemoraçoes e festas por causa disso...
Vamos pensar: o cara comandou os ataques de 11 de setembro HA DEZ ANOS. Alguém ae tem duvida de que, no minuto que ele passou a ser o public enemy number 1, ele nao começou a passar sua "sabedoria" e seu "know how" pros chegados??
Ou seja, OK, ele era "o" cabeça, mas no final das contas, ele era um simbolo.
E matar o simbolo nao quer dizer matar a ideologia.
A essa altura do campeonato, maluco pra continuar a "guerra sagrada" dele é que nao falta.
O terrorismo vai continuar. Se é que nao vai piorar, agora que os seus seguidores tao com o sangue zoio pra vingar o defunto...
(e vejam bem, que eu to mto cética se ele ta morto mmo...)
Entao nao vejo aonde ta o motivo pra comemoraçao... Mais parece comemorar final de copa de mundo, antes do juiz apitar o fim de jogo.
Como uma colega hoje disse no trabalho, morando numa das cidades francesas que mais tem muçulmano, "eu vou ficar é com medo de andar de metrô".
domingo, 1 de maio de 2011
Tic tac
Achei a idéia genial, mas tive que recusar porque né, o preço dos bilhetes de trem Brest-Paris, como eu ja bem sei, tao pela hora da morte.
Eis que ela ligou hoje de novo, e uns amigos dela, que moram na regiao parisiense, vao de carro passar o final de semana la, por causa da festa, e eu teria carona na faixa.
Entao é LO-GE-CO que eu aceitei e ja to aqui refletindo sobre a minha vestimenta.
Pensei em botar umas orelhas brancas e arranjar um relogio de bolso, e ir de coelho branco, o que acham??
"é tarde, é tarde, é tarde!"
Cineminha da semana
Detetive Dee, o mistério da chama fantasma
Filme chinês, com uma historia meio boba, mas decidi ver porque era anunciado como o novo "tigre e o dragao". E como fotografia e efeitos sonoros é uma coisa que EU CURTO em filmes, fui la toda empolgada.
Bom, nao é uma completa perda de tempo, mas tbm nao é la grandes coisas... Assista somente se realmente nao tiver nada melhor pra fazer.
Rio
Claro que eu fui meio receosa assistir à esse desenho, afinal quem mora no exterior sabe bem o tanto de cliché que rola em torno de Brasil, e principalmente sobre o Rio.
Mas justamente por ser produzido por um brasileiro, a historia praticamente nao tem clichés, e é SUPER bem feito. Assisti à versao francesa, dublada, e mesmo assim tinham alguns dialogos em português que me fizeram morrer de rir.
Li na internet umas criticas sobre o fato de terem macaquinhos ladrões no filme, que roubam a carteira, telefone, relogio de turistas desavisados... Mas olha, sinceramente nao me senti ofendida. Até porque bater carteira de turista desavisado nao é exclusividade do Rio, e quem mora ou ja visitou Paris sabe muito bem. Em qualquer cidade altamente turistica ta cheio de pick pockets que so esperam o turista ficar maravilhado na frente na torre eiffel, ou do corcovado, ou do coliseu, ou da sagrada familia, pra afanar uma carteira ou um passaporte.
E no mais, o filme é divertidissimo, com otimas piadas, principalmente pra quem conhece a cultura brasileira.
Altamente recomendado!
Thor
Tae um filme onde o trailer é bem melhor que o filme...
Fui assistir so porque o trailer tinha me empolgado, mas olha... ok, nao chega a ser ruim, mas eu achei meio tosco, sei la... bom, eu nao conheço a historia em quadrinhos, entao nao posso falar com propriedade.
Essa coisa dele virar um heroi gente boa num piscar de olhos e so por causa de remorso, achei super forçado... E essa coisa de se apaixonar nivel "você é o amor da minha vida" depois de UM dia andando juntos pelo deserto igualmente forçada. E os cenarios do tal mundo do Thor achei duma breguice sem igual.
A idéia em si, de um deus que é tao arrogante e egoista a ponto de estragar a paz do seu reino e se torna mortal pra tentar ser digno dos seus poderes novamente, é otima, bem interessante, mas na minha opiniao foi super mal trabalhada no filme.
Ok, nao vou negar que tem umas piadinhas otimas, e as cenas de Thor sem camisa ja garantem o ingresso, mas enfim... No geral, me decepcionei.
E o 3D ainda me favoriza...